Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Kubric, Simone |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19042007-164841/
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Resumo: |
A presente dissertação inscreve-se no campo das conexões entre a psicanálise e a educação e tem como objetivo problematizar o voto pedagógico de prever, controlar e justificar o que (não) se passa entre adultos e crianças. Para tanto, buscamos na obra de Freud uma rede de conceitos capaz de circunscrever aquilo que insiste irredutivelmente no psiquismo e que resiste às investidas ortopédicas que almejam obter supostos indivíduos \"vencedores, felizes e saudáveis\", \"plenamente desenvolvidos\". Dentre as noções da psicanálise que se arriscam a nomear isso que é inominável, elegemos o infantil como fio condutor de nosso trabalho. Este conceito funciona como um operador que nos guia através de uma investigação a respeito dos (des)encontros que acontecem em uma situação educativa, instigando também uma reflexão crítica a respeito das pretensões (psico)pedagógicas de eliminar qualquer inadequação ou desajuste. Na teoria psicanalítica, o infantil relaciona-se com a sexualidade, com o desejo e com a neurose, além de outras noções fundamentais introduzidas por Freud. Trata-se de um \"resto\" não simbolizado resultante de uma situação traumática na qual o infans experimenta um ameaçador excesso de energia pulsional, com o qual seu psiquismo ainda em formação não é capaz de lidar sem a intervenção de um outro, a mãe. São os traços mnêmicos desse desamparo que permanecem ativos no inconsciente, causando efeitos além do princípio do prazer. Nesse sentido, o que a epistemologia psicanalítica pode provocar é um questionamento das ilusões que, alimentadas por princípios (psico)pedagógicos, aspiram à supressão total dos conflitos próprios de uma ex-istência marcada pela insistência do infantil. Por outro lado, a psicanálise permite que compreendamos certas transformações significantes que a linguagem pode operar no sujeito do desejo, inconsciente, sexual e infantil, esclarecendo os efeitos que as palavras endereçadas por um adulto a uma criança podem ter, ainda que estes sejam sempre impassíveis de serem antecipados pelos planejamentos pedagógicos. |