Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Guidorizzi, Natália Rossin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-26072024-140155/
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Resumo: |
A síndrome lipodistrófica, caracterizada pela ausência parcial ou total do tecido adiposo subcutâneo, representa um conjunto de doenças raras de origem genética ou adquirida, com sérios impactos metabólicos. A escassez de critérios diagnósticos precisos e a raridade dessas síndromes complicam sua identificação, prejudicando a coleta de dados epidemiológicos. Esta pesquisa visa detalhar casos de lipodistrofia, explorando a relação genótipo-fenótipo e analisando alterações cardiometabólicas e hepáticas. Avaliações moleculares, clínicas e de composição corporal revelaram 165 casos, sendo 92,1% parciais e 7,9% generalizados, com predominância em mulheres. A mediana de idade foi 48,5 anos, e 77,9% mantêm acompanhamento ambulatorial regular. A avaliação molecular incluiu 130 pacientes (69,1%), evidenciando variantes no gene LMNA em 29,2% e no PPARG em menor proporção (3,2%). Fenotipicamente, destacam-se redução de gordura em membros, giba, acantose nigricans e sinal do duplo-queixo. Comorbidades abrangem diabetes (69,7%), dislipidemia (78,9%), doença hepática esteatótica (58,0%), hipertensão (51,1%) e insuficiência cardíaca (15,4%). A mortalidade atingiu 8%, principalmente por causas cardiovasculares e hepáticas. Avaliações densitométricas revelaram alterações na composição corporal, com predominância de gordura androide. A heterogeneidade fenotípica dificulta o diagnóstico, representando um desafio clínico dadas as comorbidades cardiometabólicas graves, precoces e associadas à expectativa de vida reduzida. É crucial desenvolver estratégias de intervenção personalizadas em centros de referência, com acompanhamento longitudinal para compreender a sobrevida em diferentes subtipos e implementar tratamento intensivo, visando melhores desfechos nessa população. |