Relação entre fibrose hepática por doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica e aterosclerose subclínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Araujo De Azeredo Coutinho, Daniele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34572
Resumo: NTRODUÇÃO: A doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD, do inglês, metabolic dysfunction–associated steatotic liver disease) é a principal causa de doença hepática no mundo e está intimamente relacionada às doenças cardiovasculares que constituem a maior causa de mortalidade global. MASLD tem potencial para progredir para fibrose. Entre os preditores de doença cardiovascular estudados, espessura íntima-média carotídea (EIMc) e idade vascular (IV) representam marcadores independentes de aterosclerose subclínica. OBJETIVO: Avaliar a relação entre fibrose hepática na MASLD e aterosclerose subclínica através da medida da espessura íntima-média carotídea (EIMc), cálculo da idade vascular (IV) e frequência de placas ateroscleróticas. METODOLOGIA: Estudo prospectivo no Brasil, incluiu participantes de risco para MASLD. O diagnóstico de esteatose e fibrose hepática foi baseado em ultrassonografia e elastografia hepática com medidas de controlled attenuation parameter (CAP). Aterosclerose carotídea foi abordada por ultrassonografia carotídea, medidas da EIMc e cálculo da IV. RESULTADOS: Foram incluídos cento e quatorze participantes, com idade entre 64 (55-68) anos, sendo 96 (84%) mulheres. Esteatose hepática foi observada em 99 (86,8%) e fibrose hepática em 31 (27,2%) indivíduos. Placas ateroscleróticas foram observadas em 33 (28,9%) participantes. Não houve diferença entre a frequência de placa quando comparados os grupos com e sem fibrose. O grupo com fibrose apresentou maior EIMc mas não alcançou significância, com p=0,05 e maior IV. Em uma subanálise do grupo com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) incluindo 85 participantes, 27 (31,8%) com fibrose apresentaram maior EIMc (0,742 mm vs 0,653 mm) do que o grupo sem fibrose, com p<0,05 e maior IV. Não houve diferença na frequência de placas ateroscleróticas. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou associação de fibrose hepática com maior EIMc e maior IV em indivíduos portadores de MASLD e DM2.