Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Antonia Lilian de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-02072020-163034/
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Resumo: |
Introdução: A dor neuropática central é descrita como dor iniciada ou causada por lesão de vias somatossensitivas centrais decorrentes de lesão vascular no sistema nervoso central. Acomete cerca de 1 a 12% das pessoas após um AVC, sendo esta, uma incapacidade relevante podendo ter grande impacto negativo na qualidade de vida dos doentes. Objetivo: comparar o impacto funcional negativo das diferentes síndromes: dor neuropática central, incapacidade física e cognição decorrentes do AVC na qualidade de vida dos doentes. Métodos: Foram avaliados 39 doentes com dor central após acidente vascular cerebral e dois grupos controle: o primeiro com 32 doentes com dor não neuropática e o segundo com 31 sem dor crônica. Os participantes responderam os questionários propostos pelo estudo. Resultados: O questionário SF 12, versão breve, a soma do componente físico e mental no grupo total evidenciou, (83,38±19,70) p =< 0,001. O grupo de doentes com dor central apresentaram maior frequência, (79,5%) p=0,001, e intensidade (6,62±1,78) p = < 0,001 da dor comparado ao grupo com dor não neuropática. Os escores dos questionários de dor, Dor Neuropática 4, (7,60±1,74), p = < 0,001, Inventário de Sintomas de Dor Neuropática, escore total, (41,33±20,67) p = < 0,001, questionário de dor McGill breve, (11,16±2,76) p = < 0,001, e Inventário Breve de Dor, dor no momento, (7,51±1,71) p = < 0,001 foram superiores aos do grupo com dor não neuropática. Nas avaliações de déficit motor, a Escala de Rankin Modificada apresentou incapacidade moderada a grave, (17,9%) p=0,013, o índice de Barthel, (87,05±20,57) p = < 0,013, grau de força motora (0,94±0,85) p= 0,040 e a avaliação de Ashworth, (1,25±2,48) p = < 0,001 no grupo total. O Mini Exame do Estado Mental não apresentou diferença significativa entre os três grupos. Realizou-se teste de correlação de Spearman para verificar forca de correlação entre o SF 12, questionário breve e as demais avaliações e análise de regressão linear múltipla resultou em um modelo estatístico significante mostrando que em doentes com DCAVC, humor e sintomas neuropáticos explicam em grande proporção a baixa qualidade de vida dos doentes. Conclusão: Estratégias visando controle de sintomas neuropáticos, principalmente ansiedade e depressão podem ter maior impacto na qualidade de vida de doentes com DCAVC. Declínio cognitivo não demonstrou ser um fator incapacitante nesta amostra |