Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Soares, Marília |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-27102020-191351/
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Resumo: |
Mapa Conceitual (MC) é um tipo de organizador gráfico que permite revelar os detalhes das relações conceituais existentes na estrutura cognitiva do indivíduo e é autoexplicativo. Foi estabelecido por Novak nos anos 70 a partir da Teoria de Aprendizagem Significativa de Ausubel. Desde os primeiros trabalhos desenvolvidos por Novak, muitos outros surgiram explorando principalmente o uso de MC elaborado por alunos. Poucos são aqueles que exploram o uso de MC elaborado pelo professor. Quando o aluno é o mapeador, ele tende a \"fugir\" de conceitos específicos que esteja apresentando dificuldade, prejudicando qualquer avaliação que o professor possa fazer em torno de seu conhecimento. Por outro lado, quando o professor é o mapeador, ele pode inserir os conceitos mais relevantes para a avaliação e também erros intencionais para que o aluno identifique e mostre indiretamente o que ele entendeu sobre o assunto. A dissertação tem como objetivo identificar lacunas conceituais sobre Mudanças Climáticas em alunos do ensino superior, a partir de uma atividade avaliativa usando um MC com erros (MCE). Também é objetivo desta pesquisa, verificar o uso do MCE para distribuir devolutivas a fim de melhorar o desempenho dos alunos após um período de instrução. Para a realização desta pesquisa, foram conduzidos dois Estudos sequenciais dentro de uma disciplina de Ciências da Natureza entre 2017 e 2018. Ao todo, 172 alunos ingressantes nos cursos de graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP), realizaram as atividades avaliativas. Em 2017 (Estudo 1), utilizou-se um MCE para a identificar as lacunas conceituais dos alunos após um período de instrução. Também foram elaboradas neste mesmo Estudo devolutivas do tipo específicas (DEs) e inespecíficas (DIs). Em 2018 (Estudo 2), foram utilizados dois MCE e dois testes de múltipla escolha (TME) como atividades avaliativas. Os dois MCE foram usados para distribuir as devolutivas e os dois TME serviram para comparar o efeito dessas devolutivas no desempenho dos alunos, após o reestudo dirigido. Os métodos de análise foram quantitativos e adotou-se a comparação das médias a partir dos dados obtidos. Com isso, verificou-se (i) o desempenho da turma e (ii) de grupos de alunos (Estudo 1) ,bem como (iii) o efeito das devolutivas no desempenho da turma e de grupos de alunos após o reestudo dirigido e (iv) a percepção dos alunos sobre as devolutivas (Estudo 2). De acordo com os resultados obtidos, o MCE ajudou na identificação das lacunas conceituais, revelando desempenhos distintos entre os alunos. O uso das devolutivas foi efetivo para constatar melhoras no desempenho dos alunos e a maioria deles (62%), sinalizou que elas foram úteis para aprender a partir dos erros. Mas as DEs tiveram um aceite maior entre os alunos. Entretanto, o mais importante, é que o professor sempre dê algum tipo de devolutiva aos alunos. Com esta pesquisa, foi possível inferir que (i) o MCE é muito útil para a identificação de lacunas conceituais e (ii) prático no sentido de distribuição de devolutivas pelo professor com apoio de recursos tecnológicos. |