Das primeiras experiências ao fenômeno Zé do Caixão: um estudo sobre o modo de produção e a recepção dos filmes de José Mojica Marins entre 1953 e 1967

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Senador, Daniela Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27153/tde-05072009-230157/
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a incursão de José Mojica Marins no cinema, bem como o processo pelo qual o diretor e seu personagem Zé do Caixão adquiriram relevância cultural por meio de intensa promoção midiática. Para tanto, concentramonos no estudo do modo de produção e da recepção dos quatro primeiros longasmetragens do autor A Sina do Aventureiro (1959), Meu Destino em Tuas Mãos (1963), À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964) e Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967) , isto não sem passar por Reino Sangrento, realizado ainda quando adolescente, e pelo inacabado Sentença de Deus. A partir da reconstituição do modo de produção do cineasta, buscamos compreender de que forma ele se filia à tradição do cinema amador paulista. Nesse sentido, sua trajetória também pode ser tomada como metonímia dos entraves econômicos que caracterizam a atividade cinematográfica em nosso país. Paralelamente, tratamos da recepção por meio da articulação de dados de produção, da avaliação da Censura, da comercialização e do circuito de lançamento das fitas, com informações a respeito do comportamento desempenhado pela mídia impressa, em especial, por críticos, cronistas, jornalistas e publicistas, sob uma perspectiva cronológica. Assim pudemos compreender todas as etapas envolvidas na realização dos respectivos filmes, bem como a relação simbiótica estabelecida entre o cineasta e a mídia, que se tornou fundamental para a consolidação tanto deste criador quanto de sua criatura como entidades culturais.