Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Liberati, Ana Paula Torres |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-16012014-154040/
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Resumo: |
Os nódulos de tireoide são frequentemente encontrados na prática clínica e, com o auxílio de ultrassonografia de alta resolução, podem ser identificados em 17 a 67% da população. A alta prevalência desses nódulos causa preocupação frequente aos pacientes e aos clínicos devido ao risco de malignidade, o que, por sua vez, leva a investigações laboratoriais de alto custo, invasivas e, eventualmente, a cirurgias desnecessárias. A punção aspirativa com agulha fina (PAAF) é o método diagnóstico pré-operatório mais preciso para identificação de um nódulo maligno de tireoide, mas não consegue excluir malignidade nos casos de citologia inadequada, nódulos com diagnóstico citológico de lesão folicular ou atipia de significado indeterminado e nas citologias sugestivas de neoplasia folicular. O objetivo deste estudo foi analisar as características clínicas, laboratoriais, ultrassonográficas e citológicas de uma população de pacientes com nódulos de tireoide submetidos a tireoidectomia e a relação entre estes achados e o risco de malignidade. Além disto, em relação aos nódulos malignos, verificar se o valor de TSH esteve associado a um estadiamento mais avançado da doença. Foram avaliados prontuários de 353 pacientes submetidos a tireoidectomia, acompanhados no Hospital das Clínicas da FMUSP de São Paulo, no período de fevereiro de 2002 a abril de 2010. O número total de nódulos nestes pacientes foi 392. As características clínicas e laboratoriais analisadas em cada paciente foram idade, sexo, valores séricos de TSH e T4 livre, presença de anticorpo anti-tireoperoxidase (anti- TPO) e anti-tireoglobulina (anti-TG). Foram avaliadas a presença de características ultrassonográficas sugestivas de benignidade (presença de halo periférico hipoecoico, aparência espongiforme, aspecto isoecóico ou hiperecoico) e de malignidade (nódulo sólido hipoecoico, contornos irregulares, presença de microcalcificações). Baseados nestas características, os nódulos foram classificados em benignos, indeterminados e suspeitos para malignidade. O diagnóstico citológico foi classificado em benigno, indeterminado, suspeito e maligno, e a análise combinada das características ultrassonográficas e citológicas também foi avaliada. Ao exame histopatológico, 200 nódulos eram malignos e 192 nódulos eram benignos. Os nossos resultados mostraram que sexo, idade, valores séricos de TSH e T4 livre e presença de anticorpo anti-TPO e anti-TG não estiveram associados a uma maior chance de malignidade. O valor de TSH sérico também não esteve associado a maior risco de recorrência ou estadiamento mais avançado nos pacientes com câncer Os nódulos maiores estiveram mais associados a benignidade quando avaliamos toda amostra. Na análise multivariada de toda amostra, após regressão logística, apenas a citologia maligna, hipoecogenicidade e presença de microcalcificações foram associados a malignidade. Já, a classificação ultrassonográfica que não se baseia em apenas uma característica mas em um conjunto de características, apresentou um alto valor preditivo de benignidade e foi útil na identificação de nódulos com citologia indeterminada. A classificação ultrassonográfica tem o potencial de reduzir o número de cirurgias para nódulos com citologia indeterminada |