Redução da interferência durante a consolidação da memória de pacientes amnésicos
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2688465 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48703 |
Resumo: | A amnésia anterógrada pode ser entendida como uma dificuldade em adquirir novas informações episódicas. Trata-se de uma manifestação cognitiva cuja dificuldade pode se manifestar de modo parcial ou completo, comprometendo a capacidade de recordar ou formar memórias. Os estudos sobre a amnésia demonstram que esta dificuldade pode estar relacionada a prejuízos nos processos de consolidação e recuperação da informação durante o processo de aprendizagem de conteúdos novos. Minimizar os efeitos da interferência retroativa, em que há uma interferência entre a apresentação e a recordação de material a ser lembrado, auxilia na retenção de novo material aprendido. Neste trabalho foram conduzidos dois experimentos: o Experimento 1 teve como objetivo replicar os achados de Dela Salla e colaboradores baseado no paradigma de redução da interferência (intervalo de retenção vazio versus intervalo cheio) tendo como tarefa a ser aprendida listas de 15 palavras, além de ter sido incluída uma tarefa de reconhecimento. Uma tarefa de interferência foi utilizada no período de intervalo cheio, um tipo de quebra-cabeça chinês - Tangram. Os intervalos de retenção foram de 6 minutos. Participaram do Experimento 1 nove pacientes amnésicos devido a lesão encefálica adquirida com causas diversas (traumatismo craniano, acidente vascular cerebral, encefalite, epilepsia do lobo temporal mesial), e nove sujeitos controles, pareados por sexo, idade e anos de escolaridade. No Experimento 2 o objetivo foi diminuir o tamanho das listas para 4 e 8 palavras, tendo como hipótese uma melhora no desempenho da recordação tardia. Neste segundo estudo, participaram apenas o grupo de pacientes amnésicos, sendo que um (P6) optou em não participar. Os achados foram corroborados com estudos anteriores demonstrando que em condições de pouca interferência após aprendizagem, pode-se observar indícios de consolidação do material. Na tarefa de reconhecimento administrada apenas no Experimento 1, observou-se que o desempenho de ambos os grupos foi semelhante quanto ao tipo de intervalo (vazio ou cheio). Os resultados do Experimento 2 quando analisados individualmente, e também quando comparados com o Experimento 1 revelam que independente do tamanho das listas a quantidade de recordação é sempre a mesma, ou seja, 4 palavras. O paradigma de redução da interferência retroativa parece ajudar a compreender os processos implicados na dificuldade de pacientes amnésicos em reter informações na memória de longo prazo, e demonstra ser uma boa proposta para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas de reabilitação para grupos clínicos. |