Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Eduardo da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-19022014-122806/
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Resumo: |
O tema dessa pesquisa é o consumo de substâncias psicoativas em contextos urbanos. O trabalho de campo foi realizado em situações de lazer e sociabilidade de três redes de amigos, que se cruzam em alguns pontos. Essas pessoas são provenientes da classe média, residem na cidade de São Paulo, a maior parte delas possui formação superior, todas estão inseridas no mercado de trabalho e suas idades variam entre 27 e 35 anos. Com base nas entrevistas e na observação participante dos encontros em que os psicoativos eram consumidos, o objetivo é apresentar as mudanças e as continuidades no modo como a rede de psicoativos é mobilizada e problematizada ao longo das carreiras dessas pessoas como consumidoras de drogas (Becker, 1973) as quais correspondem, em média, aos últimos dez anos de suas vidas. O material é analisado a partir da noção de curso da vida, mais especificamente, no caso, de transição para a vida adulta, com as quais olhamos para as categorias de loucura e estragação, que são utilizadas para descrever os efeitos dos psicoativos sobre os corpos. Nesse sentido, atenta-se para o modo como a atuação dessas substâncias nos corpos e nas redes de amizade possibilita a elaboração e a regulação de normas referentes à idade, o que, neste contexto, articula-se à elaboração do estilo que aqui denomino bagaceira; essas normas se articulam também a outros marcadores da diferença como classe, gênero e sexualidade e, ainda, a ideais sobre laços de parentesco, de amizade e de conjugalidade. Em poucas palavras, a hipótese com que trabalho é que, por meio dessas práticas e de suas narrativas, essas pessoas se apresentam umas perante as outras, delimitam laços sociais e refletem sobre eles. |