Sem passado e sem futuro: o consumo de drogas na sociedade contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Reis, Fernando Figueiredo dos Santos e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-07082015-162922/
Resumo: Apesar de milenar e ricamente inserido na cultura, o consumo de drogas ainda é encarado como um tabu na sociedade de hoje. Este trabalho visa entender e discutir de maneira crítica as características do consumo de drogas na sociedade contemporânea. Para isso, no primeiro capítulo é estudado a história da formação do sujeito e da sociedade Moderna, que nas revoluções burguesas e nas guerras mundiais definem o cenário de ascensão do consumismo. No segundo capítulo é feito um breve levantamento da história das drogas com suas diferentes inserções na vida dos homens, marcando que seu consumo é histórico, e posteriormente é traçado o atual estado da discussão sobre drogas nos âmbitos políticos e científico. No terceiro capítulo discute-se sobre o sujeito que consome a droga e sua formação subjetiva e psíquica e a intima relação que esta formação tem com o social. No quarto capítulo é explorado as características sociais em que o sujeito consumidor de drogas se insere e é analisado as características contraditórias que constituem o consumo de drogas na contemporaneidade. Amplamente utilizada, as drogas são divididas em categorias quanto a sua legalidade ou sua finalidade e desse modo se incentiva o consumo de alguns tipos e se proíbe o consumo de outros. Tal contradição permite que se projete nas drogas, pelo seu consumo e pelo seu combate, toda a agressividade do instinto de morte gerado por um sistema que idolatra o novo e é excessivamente repressivo, cobrando o máximo de desempenho dos sujeito. Neste contexto, o consumo torna-se a principal atividade mantenedora do sistema produtivo, tanto pela parte econômica de dominação, quanto por romper os vínculos com o passado e com toda a tradição que poderia oferecer algum tipo de suporte ao sujeito que se encontra desamparado. O consumo de drogas, irreflexivo, serve bem a esse sistema pois dele se ignora todo o passado e o possível futuro, exigindo apenas o prazer máximo e momentâneo