Avaliação dos efeitos sistêmicos de lipopolissacarídeo sobre o eixo neuroimune de frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fonseca, Juliana Garcia da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-29082019-100933/
Resumo: A avicultura brasileira destaca-se no cenário da agropecuária mundial por sua alta produtividade e grande tecnicidade. Para atingir estes altos níveis produtivos os animais são muitas vezes submetidos a condições estressantes de manejo e que, por isso mesmo, ativam tanto o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) quanto o sistema nervoso autônomo simpático (SNS). O presente trabalho foi realizado para descrever os eventos neuroimunes decorrentes da administração intravenosa de lipopolissacarídeo de Escherichia coli (LPS) em frangos de corte e do manejo dos mesmos para tratamento e coleta de material. Foram realizados sete experimentos para mostrar, sob uma perspectiva de neuroimunomodulação, os efeitos decorrentes da aplicação de estressores infecciosos e/ou físicos sobre o comportamento e sobre as atividades dos sistemas nervoso, endócrino e imune de frangos de corte. Para tanto, frangos de corte foram separados em 3 grupos, sendo submetidos, respectivamente a tratamento com LPS, com NaCl 0,9% ou mantidos sem manipulação (controle: naive). A administração de LPS promoveu ativação do SNS e do eixo HHA atuando, desta forma como um estressor infeccioso, isto é, aumentando as concentrações circulantes de corticosterona e de adrenalina nas aves. Os frangos que receberam LPS apresentaram ainda, uma série de comportamentos englobados no rol do que se denomina comportamento doentio e que aparece na vigência de processos infecciosos, sendo atribuídos à presença de citocinas pró-inflamatórias no SNC. De fato, os frangos que receberam LPS apresentaram maiores níveis de IL-1 tanto no hipotálamo quanto na hipófise, quando comparadas às aves dos grupos controle e NaCl 0,9%. Estes animais apresentaram, também, maior atividade neural, evidenciada pelo aumento da expressão dos genes c-fos e EGR-1 no hipotálamo. A contenção dos frangos para administração de NaCl 0,9% e posterior coleta dos materiais para análise também provocou alterações comportamentais, nervosas e imunes em relação aos animais do grupo controle (naíve), evidenciando estes achados que este tipo de manejo é estressor de \"per se\".