Subjetividade e escrita argumentativa: encontros e desencontros na composição do texto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cardoso, Sílvia Galesso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-21102020-161022/
Resumo: Recupero meu trabalho como professora de produção textual a partir de textos dissertativos produzidos por sete dos meus alunos pré-vestibulares e de suas reescritas por mim acompanhadas, na tentativa de traçar campos que deem visibilidade para as potências engendradas nessa experiência com o escrever e, mais especificamente, investigar e produzir conhecimento sobre a mediação do professor no ensino da escrita. Para contextualizar essa análise, foi necessário cartografar o desempenho da população em avaliações de leitura e escrita, a condição do jovem e a conjuntura política na atualidade, além dos efeitos das perspectivas pedagógicas e políticas educacionais adotadas no Brasil dos anos 1970 em diante. As idiossincrasias do trabalho com cada aluno foram perscrutadas tanto em relatos feitos por mim quanto em pistas fornecidas pelos textos deles, e permitiram entrever como determinado sentido foi construído, quais convenções sociais, discursos e recursos linguísticos foram acionados, e observar, nas reescritas, quais foram as minhas intervenções, como foram recebidas pelo aluno, o que ele fez delas, se elas foram capazes de provocar deslocamentos no mundo dele, se compuseram novos contornos e geografias nas suas produções de texto e de si e na minha maneira de ser e atuar como professora. Por fim, a partir das proposições da pós-crítica voltadas para a educação e, sobretudo, para o ensino da escrita, problematizo o papel do professor como mediador nas práticas de escrita propostas aos alunos e indico alguns norteadores para que a mediação funcione como um operador de mudança na maneira de pensar e de estar no mundo das pessoas envolvidas nessa interlocução.