Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Adachi, Patrícia Leite de Godoi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-12032024-142723/
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Resumo: |
A freqüência de anomalias congênitas como causa de mortalidade infantil tende a crescer proporcionalmente, na medida em que as causas de morte evitáveis, tais como prematuridade e suas conseqüências, infecções e desnutrição, podem ser melhor controladas em função da melhoria geral da saúde da população e do próprio sistema de saúde. No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, as anomalias congênitas representam cerca de um quarto dos casos das necropsias pediátricas, sendo que muitas não têm sua etiologia definida com os recursos disponíveis, pois a cultura celular para a análise de cariótipo, apesar de ter grande valia para o estudo das anomalias congênitas, nem sempre tem sucesso, ora porque os tecidos não são mais cultiváveis, ora por contaminação bacteriana ou fúngica. Por outro lado, muitas vezes a citogenética convencional não é capaz de detectar certas alterações estruturais, como as microdeleções, que devem então ser investigadas com técnicas moleculares. Uma das possibilidades neste sentido é a utilização da Hibridação in situ fluorescente (Fluorescent in situ hybridization - FISH), que pode ser realizada tanto em células em metáfase como em interfase. Apesar de tecnicamente possível, a utilização de tecidos fixados em formol e emblocados em parafina tem muitas limitações, o que motivou a busca de um novo método de análise celular adequado e de baixo custo, representado pelo uso de touch preparatives ou imprints. O objetivo deste trabalho foi determinar um protocolo simplificado e de baixo custo para a investigação de anomalias congênitas no exame post mortem, através da técnica de FISH, em imprints celulares de fígado. Para tanto, foram colhidos imprints de 11 casos de necropsias, fixados em dois diferentes fixadores: metanol-ácido acético (3:1), por 45 segundos, e etanol 95% por 10 minutos. Antes de proceder à técnica de FISH, foi realizado um pré-tratamento com ácido-acético a 70%, por 2 minutos. A técnica de FISH foi realizada utilizando-se sondas alfa-centroméricas dos cromossomos 13/21, 18 e X. Os resultados mostraram que a utilização dos imprints de fígado para a técnica de FISH foi adequada, não havendo diferenças em relação ao sexo, idade e tempo de morte dos indivíduos. Além disso, os imprints são fáceis e rápidos de serem coletados e fixados, apresentando núcleos em número suficiente para a análise interfásica, separados, íntegros e em monocamada, o que propiciou uma análise relativamente rápida e bastante confiável. Quanto aos fixadores, não houve diferença entre os dois utilizados. Portanto, o emprego de imprints de fígado fixados em etanol 95% constitui uma forma de preparação celular adequada para análise citogenética molecular (FISH) e tal protocolo poderá ser adotado na investigação de anomalias congênitas no exame post mortem pelo Departamento de Patologia da FMRP-USP. |