A arte e a psicose de Seraphine de Senlins: uma leitura clínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Trimer, Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-24032015-153716/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar e discutir a biografia e o estado da arte de Séraphine Louis ou Séraphine de Senlis (1864-1942), uma pintora francesa de estilo naïf (estilo de pintura espontânea e autodidata), descoberta por Wilhelm Uhde (1874-1947) esteta reconhecido e negociante de arte, no início do século XX. A arte (pintura) de Séraphine de Senlis foi conhecida pelo público, através de uma pequena exposição de arte, organizada na prefeitura da cidade de Senlis, em 1927, causando grande escândalo e polêmica pela fusão de cores e também por remeter a temas góticos da Idade Média. Objetivo: A partir da leitura clínica do caso, indaga-se: O que o caso de Séraphine de Louis pode ensinar à clínica da psicose?. Método: O método utilizado é a análise biográfica - especialmente dos fatos recolhidos da tese de doutorado sobre a história da arte, de Alain Vircondelet (2010), dedicada à artista reunidos para discussão e leitura clínica do caso. Com referencial teórico, aqueles concebidos por Jacques Lacan que contribui ao conceber ao menos três possibilidades de estabilização em quadros graves de transtorno psíquico: metáfora delirante, o ato e a obra (criação artística). Resultados e discussão: Os dados biográficos e críticos analisados indicam que o estatuto e a função de criação para Séraphine de Louis suturaram o vazio existencial de sua enfermidade, além de seu trabalho como empregada doméstica, entretanto, o dinheiro e a celebridade experimentados, assim como, o abandono vivido nos anos 30 a levaram ao exílio e a reclusão ao manicômio