Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ennser, João Ricardo Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-13122022-160358/
|
Resumo: |
A leishmaniose visceral (LV) continua sendo um grave problema de Saúde Pública principalmente pela expansão a localidades urbanas do Brasil nas últimas décadas. Esta zoonose é causada pelo protozoário Leishmania infantum, transmitida principalmente pelo flebotomíneo Lutzomyia longipalpis e tem o cão doméstico como principal reservatório vertebrado. As formas de controle preconizadas no Brasil têm mostrado baixa efetividade na redução de casos e de óbitos, com dificuldades tanto no controle de reservatórios (dificuldades para execução da eutanásia) bem como no controle de vetores. Estes fatos trazem à tona a necessidade de estudos de formas alternativas que possam contribuir em um contexto de manejo integrado. O objetivo foi comparar a suscetibilidade e a sobrevida de formas imaturas de Lutzomyia longipalpis aos larvicidas biológicos Bacillus thuringiensis var. israelensis (Bti) e Espinosade. Foram realizados experimentos com doses de 10 mg/g e 20 mg/g dos compostos Bti e Espinosade aplicados no alimento oferecido aos frascos contendo larvas de Lu. longipalpis de terceiro estádio larval. Para cada concentração/composto, foram expostas 30 larvas em 3 réplicas. Como controle, foram utilizadas 30 larvas com aplicação de água. Nos tratamento com Bti foi observada mortalidade de 18,8% na concentração de 10 mg/g e de 50,4% na concentração de 20 mg/g. Quanto ao tempo de desenvolvimento larval e de pupas, observou-se que o tempo mediano de emergência dos alados foi 2,35 vezes maior na concentração de 20 mg/g e 1,9 vezes maior na concentração 10 mg/g, comparados ao grupo controle. Para o composto Espinosade nestas concentrações iniciais, a mortalidade foi de 100%. O ensaio foi repetido com o Espinosade em 4 diluições da menor dose testada anteriormente (10 mg/g), na proporção de 1:10, 1:20. 1:50 e 1:100, com resultados de mortalidade de 71%, 66,5%, 2,1% e 1,4% respectivamente. A DL90 foi estimada em 6,3 mg/g. Os resultados sugerem potencial uso dos dois compostos para o controle de imaturos de Lu. longipalpis, aplicado de forma diluída diretamente nos potenciais criadouros destes insetos, como forma complementar às ações de controle integrados em áreas de transmissão de LV. |