Avaliação do efeito inseticida de Momordica charantia L. (Cucurbitaceae) sobre Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae), vetor da leishmaniose visceral no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Dominick Danielle Mendonça
Orientador(a): Barata, Ricardo Andrade
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/91e2f8ad-70e2-4264-83cd-5592f8dca485
Resumo: A leishmaniose visceral é uma doença infecto-parasitária transmitida principalmente por flebotomíneos do gênero Lutzomyia (Diptera: Psychodidade). No Brasil, as estratégias de controle do vetor são voltadas para a aplicação de inseticidas de ação residual, como os piretróides sintéticos. O uso indiscriminado desses inseticidas tem contribuído para a resistência de Lu. longipalpis. Nesse sentido, a utilização de extratos vegetais pode ser eficaz no controle do vetor. A Momordica charantia L (Cucurbitales: Cucurbitaceae), é uma trepadeira de importância econômica, alimentícia e farmacêutica, devido sua bioatividade comprovada por estudos com extratos de diversas partes da planta. Este estudo avaliou a atividade inseticida de extratos de M. charantia sobre adultos selvagens de Lu. longipalpis. Á partir do espécime vegetal coletado foram preparados os extratos hidroalcoólico, etanólico e ciclo-hexânico de frutos e partes aéreas e retirado alíquotas de cada extrato para realização da triagem fitoquímica. Para coleta dos insetos, foram utilizadas armadilhas HP expostas em campo (18°88’S, 43°38’W). Foram utilizados 1620 insetos, transferidos para recipientes plásticos, sendo 20 por recipiente, onde foram aplicadas as concentrações dos extratos, além da água destilada e Tween 80 para controles negativos e da alfa-cipermetrina à 196 μg/mL, para controle positivo. Os testes foram realizados em triplicata. A mortalidade foi avaliada após 1, 2, 4, 8, 12, 24, 48 e 72 horas de tratamento. A população testada nesse estudo foi sensível foi à alfa-cipermetrina, bem como, todos os extratos de M. charantia avaliados mostraram potencial inseticida sobre Lu. longipalpis, dentre estes, o extrato mais eficiente foi o hidroalcoólico de partes aéreas. A triagem fitoquímica indicou a presença de alcalóides, cumarinas, saponinas e esteróides e ou/ triterpenos nos extratos, que podem estar envolvidos na atividade inseticida de M. charantia sobre Lu. longipalpis devido às propriedades específicas que estes metabólitos possuem. Esses resultados impulsionam a continuidade de estudos da ação inseticida de M. charantia sobre flebotomíneos.