Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Matos, Luciene Assaf de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9142/tde-01112023-142746/
|
Resumo: |
O aumento da adiposidade corpórea pode gerar diversos mediadores inflamatórios com capacidade de influenciar a proliferação e a diferenciação hematopoética e, consequentemente, a complexa regulação que envolve os processos de migração celular. O recrutamento contínuo de leucócitos durante vários estágios do processo inflamatório apresenta importante papel na gênese desse processo. Na literatura, vários estudos demonstraram a capacidade anti-inflamatória das antocianinas sobre vários órgãos; contudo poucos estudos avaliam a influência das antocianinas sobre a migração celular. As antocianinas são substâncias responsáveis pelas cores azul, violeta e vermelha da maioria das frutas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do suco de laranja Moro sobre aspectos da inflamação e migração celular em mulheres com sobrepeso e a participação da cianidina 3 glicosídeo (C3G), principal antocianina presente nesta laranja, na modulação de mecanismos de migração celular. Para tanto, esse estudo foi dividido em duas etapas: (i) uma realizada em pacientes com sobrepeso que consumiram 500ml de suco de laranja Moro durante 28 dias, sendo os dados avaliados no primeiro dia, no 14º dia e no 28º dia; (ii) uma segunda etapa, in vitro, onde foi avaliado o efeito da C3G sobre mecanismos envolvidos na inflamação e na modulação dos processos de migração. Na etapa inicial foram avaliados parâmetros antropométricos, bioquímicos, hematológicos bem como a expressão de moléculas de adesão de células polimorfonucleares do sangue periférico, a quantificação de citocinas inflamatórias, alguns fatores de transcrição envolvidos nos processos de inflamação e proteínas envolvidas na migração celular. Na segunda etapa, células C1498 foram tratadas com 50 µM de C3G e estimuladas ou não com LPS. Foram avaliados parâmetros de inflamação como interleucinas, TNF-α e CC12, expressão de fatores de transcrição e proteínas envolvidas na migração celular. Posteriormente, células também tratadas com 50 µM de C3G, foram estimuladas com LPS e fMLP e avaliada a migração quantitativamente. Os resultados in vivo, não demonstraram alterações nos parâmetros avaliados. Já in vitro, a C3G foi capaz de modular a inflamação após estímulo com LPS e de modular a migração após estímulo com fMLP. Estes achados podem descrever alguns dos mecanismos pelos quais as antocianinas são consideradas anti-inflamatórias, sugerindo novas abordagens que possam ser promissoras em seu uso como um potencial agente terapêutico. |