Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Fernanda Oliveira dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181983
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Resumo: |
O Brasil é o maior consumidor de produtos agrotóxicos no mundo. Os organofosforados, como o Diclorvós (DDVP), são um dos mais utilizados devido à sua eficiência e relativa baixa toxicidade. O DDVP pode atuar como desregulador endócrino, contribuindo para o desenvolvimento de lesões na próstata. O câncer de próstata assumiu, nestes últimos anos, o primeiro lugar em incidência de neoplasias nos Estados Unidos, e no Brasil estima-se 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, sendo o câncer mais comum entre os homens. O processo inflamatório predispõe os indivíduos a vários tipos de câncer, pois induz a produção de citocinas como o TNFα que está envolvida no desenvolvimento do câncer de próstata. A inflamação pode ser ativada pelos receptores Toll-Like que pode resultar na ativação de duas vias, NFκB e a JNK. A via de sinalização do NFκB desempenha papel importante nas respostas ao câncer, inflamação, estresse e diferenciação celular. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do praguicida Diclorvós em concentrações permitidas na próstata ventral de ratos em situação controle e após indução química por MNU (N-metil-N-nitrosureia), sobre a inflamação mediada por TLR4. Foram utilizados 40 ratos da linhagem Fischer 344, com idade de 90 dias. Os ratos foram separados em quatro grupos experimentais: Sham (G1), Sham+DDVP (G2), MNU (G3), MNU+DDVP (G4). Foram feitas análises histopatológica e imunohistoquímica da próstata ventral dos ratos. Foram encontrados três tipos de lesões na próstata ventral de ratos: Displasia, Neoplasia Intraepitelial Prostática (PIN) e Neoplasia intraepitelial de alto grau (HGPIN).O TLR4 esteve presente nas células epiteliais luminais da próstata ventral de todos os grupos experimentais. Nos grupos G1, G2 e G3 houve marcação em todo citoplasma, sendo a marcação mais intensa na região do aparelho de Golgi e no grupo G4 essa marcação foi moderada na região do aparelho de Golgi e intensa na membrana apical das células. O TNFα foi detectado em todo citoplasma das células epiteliais luminais da próstata ventral de todos os grupos experimentais destacando-se intensamente na região apical e moderadamente na região do aparelho de Golgi. O NFkB foi imunolocalizado em todo citoplasma das células epiteliais luminais da próstata ventral em todos os grupos experimentais, sendo mais intenso na região apical. Os grupos G1 e G2 apresentaram imunorreatividade intensa na região apical e somente os grupos G3 e G4 apresentaram imunorreatividade no envoltório nuclear. Verificamos a expressão de NFkB no núcleo e a diminuição da expressão de TLR4 e TNFα principalmente na região do Golgi, bem como o aumento da expressão de TLR4 na membrana apical das células epiteliais luminais, que pode ser associado ao agravamento das lesões prostáticas, corroborando com o papel desses marcadores do processo inflamatório, nas etapas iniciais da carcinogênese. Assim, podemos concluir que o DDVP em concentrações permitidas altera a imunolocalização de marcadores moleculares da inflamação na próstata ventral de ratos. Além disso, o DDVP associado à indução química pode acentuar essas alterações dos marcadores. |