Estudo do extrato de própolis vermelha do Brasil e sua incorporação em leveduras (Saccharomyces cerevisiae) residuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Quirino, Dannaya Julliethy Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-29102021-142731/
Resumo: Espera-se que a própolis vermelha do tipo 13 apresente propriedades antioxidante, antibacteriana, anticarcinogênica, anti-inflamatória, cicatrizante, antifúngica e antiparasitária. Células de leveduras Saccharomyces cerevisiae podem servir como agente encapsulante de compostos bioativos presente na própolis vermelha do Brasil. O presente trabalho propõe produzir, caracterizar e avaliar o potencial antioxidante e antimicrobiano do extrato da própolis vermelha, posteriormente realizar o processo de encapsulação do extrato em leveduras e produzir um pó com alto valor agregado e com potencial para aplicação nas áreas alimentícia e farmacêutica. Para tanto, foi preparado o extrato etanólico a 80%, para realizar sua caracterização em relação a umidade, compostos bioativos, atividade antioxidante pelo método de FRAP e ABTS, e atividade antimicrobiana pelas técnicas de CIM e CBM (Salmonella enteritidis e Pseudomonas). Para o processo de biossorção foi realizado com álcool etílico (58° GL) incorporado em leveduras que serviu como controle e com extrato de própolis que também foi incorporado em leveduras. Para esse experimento foi feito dois tratamentos contendo 15% e 25% de leveduras para cada amostra. Ainda o extrato de própolis sem levedura passou pela biossorção. A secagem em spray dryer foi realizada com as seguintes amostras: 1) extrato incorporado em leveduras que passaram por biossorção e posteriormente secas por atomização; 2) extrato incorporado em leveduras que foram direto para atomização. Após a obtenção das micropartículas de própolis, foi realizado testes físico-químicos, MEV e o estudo de sua estabilidade. Em relação a caracterização do extrato de própolis vermelha, foi possível obter 81,9% de umidade, 228,0 mg AGE/g de fenólicos totais, 188 mg EQ/g de flavonoides e 40,1 mmol/100mg, 109,5 mmol/100mg para ABTS e FRAP, respectivamente. A própolis apresentou atividade antimicrobiana para as bactérias gram-negativas testadas. Com o processo de biossorção, foi possível determina o tempo de equilíbrio das amostras de 240 minutos para os dois tratamentos. As micropartículas de própolis apresentaram valores de Aw e umidade com variação de 0,16 0,28 e 4,22 5,64%, respectivamente. As fotomicrografias mostraram partículas com formato côncavo, tamanho irregular, aglomeradas, com superfície lisa e uniforme. Foi possível detectar maiores valores de concentração para fenólicos e flavonoides totais, FRAP e ABTS na amostra TU15 (micropartículas que passaram por ultraturrax com 15% de leveduras). Os tratamentos TB15 (micropartículas que passaram por banho agitado com 15% de leveduras) e TU15 apresentaram coloração mais intensa, com aspecto avermelhada. Assim, conclui-se que o extrato etanólico concentrado de própolis vermelha apresenta elevado teor de compostos bioativos, com poder antioxidante. A técnica de biossorção do extrato de própolis vermelha em células de levedura seguida pela secagem spray drying, mostrou boa proteção aos compostos bioativos, apesar de ter ocorrido uma pequena redução nos teores de flavonoides durante o ensaio de estabilidade. Pode-se comprovar que o tratamento mais eficiente foi o da secagem das leveduras e o extrato de própolis pela atomização sem passar pelo processo de biossorção.