Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sá, Samuel Henrique Gomes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-31012023-111028/
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Resumo: |
Própolis é uma resina natural complexa produzida por abelhas operárias. O último tipo de própolis identificado foi encontrado na região Nordeste e classificado como própolis vermelha brasileira. Tal material é de grande interesse comercial, todavia, para sua aplicação em alimentos, a presença do álcool é indesejável, bem como características sensoriais muito marcantes. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi microencapsular extrato de própolis vermelha utilizando as técnicas de spray drying e spray chilling e, em seguida, combinar as técnicas recobrindo parte das partículas obtidas por spray drying utilizando a técnica de spray chilling. Os pós, produzidos por ambas as técnicas e pela associação delas, foram avaliados quanto ao tamanho e distribuição das partículas, microscopia eletrônica de varredura, cor instrumental, estabilidade de fenólicos, flavonoides e a formononetina durante 60 dias de armazenamento e estudo da liberação da formononetina em meio gastrointestinal simulado. Os resultados obtidos para distribuição de tamanho mostraram partículas obtidas por spray drying com diâmetros médios de volume variando de 21,88 a 66,03 µm, partículas obtidas por spray chilling variando entre 222,53 e 286,74 µm e partículas recobertas com diâmetros de volume entre 146,56 e 215,15 µm, dependendo da proporção do coadjuvante utilizado. A microscopia eletrônica de varredura evidenciou que todas as partículas apresentaram característica do tipo matriz, com formatos variados entre os tratamentos e que frações das partículas obtidas por spray drying não foram devidamente recobertas pela combinação das técnicas. A avaliação da cor mostrou que a diferença de cor ao longo do período estudado foi menor nas partículas recobertas e maior nas partículas obtidas por spray chilling. O ensaio de estabilidade demonstrou que a microencapsulação do extrato de própolis vermelha pelas técnicas estudadas é eficiente na proteção dos compostos fenólicos, flavonoides totais e a formononetina do extrato ao longo do período analisado. Já o estudo da liberação em meio gastrointestinal simulado mostrou perfis de liberação bem distintos entre as partículas nas três fases analisadas (oral, gástrica e intestinal), com as partículas obtidas por spray drying tendo a liberação de formononetina concentrada na fase oral, enquanto que as partículas obtidas por spray chilling mostraram liberação concentrada na fase intestinal e as partículas recobertas mostrando liberação crescente ao longo do ensaio com o máximo na fase intestinal. Como conclusão, tem-se que a utilização das técnicas de microencapsulação por spray drying, spray chilling e a combinação delas resultam em partículas com características, níveis de proteção durante armazenagem e perfil de liberação dos compostos encapsulados bem distintos entre si, abrindo, para cada uma delas, um leque de possibilidades de aplicações na indústria alimentícia ou farmacêutica. |