A ciência medieval e a condenação parisiense de 1277

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Hulshof, Cecília
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-24092021-175142/
Resumo: Este trabalho foi escrito com o objetivo de demonstrar, através de uma revisão historiográfica, que a condenação de 1277, promulgada em Paris pelo bispo Étienne Tempier contra 219 teses de origem greco-árabe, não representou um bloqueio à ciência pela autoridade eclesiástica. Para isso fizemos, inicialmente, uma nova tradução do decreto e destas 219 teses, e selecionamos dentre elas, para organizá-las e estudá-las à parte, aquelas que consideramos mais diretamente relacionadas com o que se pensava então do mundo e de seu funcionamento. A seguir, identificamos os principais temas, autores e debates envolvidos, através de uma análise minuciosa de cada uma destas teses selecionadas. Para isso, servimo-nos dos trabalhos de Roland Hissette e David Piché, com os quais tivemos também oportunidade de avaliar o significado deste evento para os censores, para os filósofos condenados, e para nós hoje. E para completar, estudamos também, através das obras de Pierre Duhem, as repercussões desta condenação nas discussões escolásticas do século XIV. Consideramos, por fim, necessário integrar estes estudos ao contexto da Universidade de Paris no século XIII, e situá-los em relação às visões de mundo envolvidas.