Estas senhoras rainhas: trajetórias de poder na realeza medieval portuguesa (séculos XII a XV) – um estudo de queenship

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Danielle de Oliveira dos Santos lattes
Orientador(a): Berriel, Marcelo Santiago lattes
Banca de defesa: Berriel, Marcelo Santiago, Bertarelli, Maria Eugênia, Coser, Miriam Cabral, Gomes, Francisco José da Silva, Freitas, Edmar Checon de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10084
Resumo: Esta tese se dedica a analisar, dentro dos critérios estabelecidos pelo conceito de Queenship, as possibilidades de poder das rainhas portuguesas do período medieval, que compreende os séculos XII a XV. Dentro deste recorte espaço-temporal, foram estudadas as biografias de sete rainhas portuguesas, tendo por objetivo tentar estabelecer o quanto de poder a soberana conseguiu usufruir a partir de questões individuais. A importância social e econômica da família de origem da rainha foi um critério relevante a ser considerado e a forma como ela seria recebida no reino para o qual seguiria para se casar. Quanto mais importante fosse a família, mais valorizada seria a aliança conseguida, e esta poderia ser utilizada pela rainha como forma de negociar seus espaços de poder. Conseguir cumprir com o papel de perpetuadora da dinastia, tendo sucesso na função materna, era outro critério de relevância ímpar, que poderia garantir a posição da rainha, que como mãe do herdeiro do trono, possivelmente conseguiria acesso ao poder político através de seu papel de Rainha-Mãe. Através de atitudes piedosas, a rainha encontrava outras oportunidades de poder ao estabelecer relações com o alto clero da Igreja Católica medieval. No ambiente da corte, a rainha poderia, através de doações, festas, patrocínios, favorecer e agradar a bispos, abades e cardeais, que poderiam vir fortalecer sua posição e amparar suas ambições políticas, ao mesmo tempo que tornavam virtualmente impossível qualquer expectativa que o rei tivesse de substituí-la. Nesta ótica o papado tornouse um grande aliado das rainhas medievais e as relações destas com os prelados garantiram que obtivessem poder e boa fama entre a população. Como último critério de Queenship, há considerações sobre a intercessão, o poder que a rainha possuía a partir da proximidade física e emocional que estabelecia com o rei, seu marido. Este conjunto de critérios, equilibrados e combinados de diferentes maneiras, estão na origem do arcabouço que está na base do poder da rainha. Personalidade, cultura natal, riqueza individual eram outros critérios que poderiam alterar as sensíveis relações de poder na corte medieval portuguesa