Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santi, Diana Costa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-04072018-143131/
|
Resumo: |
Na área da saúde, principalmente a partir da década de 1970, verifica-se um desenvolvimento científico e tecnológico acelerado, com um aumento do consumo de diferentes tecnologias em todos os níveis de atendimento e consequente aumento dos custos. Muitas inquietações passaram a fazer parte do cotidiano das organizações de saúde diante dessa nova realidade, uma vez que o impasse de incorporar novas tecnologias à prática clínica conflita com a administração de recursos necessários. Em razão da grande diversidade tecnológica e de itens necessários para uma instituição de saúde de grande porte, evidências indicam a premência de mudanças importantes para um efetivo gerenciamento, com controles mais efetivos, exigindo dos gestores um desempenho pautado em eficiência e eficácia. Na atualidade, tem se constituído um desafio para as instituições implementar ações de monitoramento capazes de identificar precocemente possíveis problemas, pois, independentemente do tipo de produto médico-hospitalar utilizado, não há como garantir a ausência de riscos em sua utilização. Diante desta problemática, é de extrema relevância a implantação e o uso de sistemas de registros sistemáticos de avaliações de materiais, enquanto subsídio para uma gestão eficiente no que concerne à maximização de recursos econômicos. Nessa perspectiva, aliada ao interesse em oferecer ao paciente uma assistência isenta de danos e segura na atuação dos profissionais de enfermagem e da equipe multiprofissional é que se justifica a presente pesquisa, que teve como objetivo analisar as não conformidades relativas aos materiais médico-hospitalares notificados ao Gerenciamento de Risco das instituições hospitalares de Ribeirão Preto. Esse foi um estudo descritivo, retrospectivo, documental, com abordagem quantitativa, realizado na cidade de Ribeirão Preto nos serviços de saúde constantes do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) categorizados como hospitais públicos, privados ou filantrópicos, gerais ou especializados, nos anos de 2014, 2015 e 2016 e que tivessem serviço de gerenciamento de risco. Os dados foram obtidos do Serviço de Gerenciamento de Risco das instituições participantes. Foi construído um instrumento contendo as seguintes variáveis: produto (nome técnico); grupo de material (médico-hospitalar; higiene pessoal; esterilização); queixa técnica; categoria do problema (embalagem, estrutura e aspecto alterado); setor (unidade que registrou o problema). Foi utilizada estatística descritiva para análise dos dados, utilizando o software SPSS versão 24. Das oito Instituições de Saúde elegíveis para o estudo, cinco (62,5%) autorizaram a realização da pesquisa. A instituição 1 apresentou o maior número de notificações 950 (94%), representando quase a totalidade. Em relação ao ano, foram identificadas 357 (35%) em 2014, 283 (28%) em 2015 e 369 (37%) em 2016. Quanto ao grupo de materiais notificados, identificamos um predomínio dos materiais médico-hospitalares, em todos os anos da pesquisa, com um total de 991 (98,2%) notificações. Em relação ao tipo de material, houve variação dos principais itens durante os anos de estudo, porém, no total geral, identificamos que a seringa foi o principal tipo de material, com 172 (17,1%) notificações. O segundo material foram as luvas de procedimento, com um total de 79 (7,83%) eventos, seguidas dos equipos macrogotas, com 70 (6,94) notificações. Quanto à categorização das queixas que envolviam esses materiais em todos os anos, a principal queixa foi referente à rachadura ou quebra do produto ou de parte dele, com um total de 591 (58,6%) eventos. Os resultados desse estudo demonstraram a importância do monitoramento dos produtos utilizados na assistência à saúde na etapa de pós-comercialização, por meio das queixas técnicas. Identificamos um total de 1.009 notificações, sendo a maioria referente a produtos médico-hospitalares, como seringas e equipos, sendo a principal queixa referente a rachadura ou quebra do produto ou de parte dele. Ressalta-se que estes materiais têm contato direto com o paciente, o que pode ocasionar riscos à sua segurança |