Atuação do farmacêutico em inspeções sanitárias nos serviços de diálise: elaboração de um guia norteador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Ana Maria Sacramento
Orientador(a): Clementino, Maysa Beatriz Mandetta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9939
Resumo: Os serviços de terapia renal substitutiva (TRS) possuem alta complexidade, o que gera diferentes riscos e requer uma equipe multidisciplinar com capacitação específica. As inspeções nas clinicas de diálise são o principal instrumento utilizado pela Vigilância Sanitária para controlar o risco sanitário. No estado do Rio de Janeiro estão cadastrados na Superintendência de Vigilância Sanitária (SUVISA), em 2013, 89 serviços de diálise, correspondendo ao atendimento de 12.000 pacientes. Neste estudo exploratório foi realizado um levantamento de inadequações sanitárias referentes à atuação do farmacêutico entre 2010 a 2012. O objetivo principal foi identificar as atribuições do farmacêutico nos serviços de diálise e nas inspeções a fim de elaborar um guia para nortear o seu trabalho nessa área. De acordo com os relatórios da Superintendência de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, (SES-RJ/SUVISA), o número médio de inadequações na área farmacêutica foi de 1122, 34,4% do total de 3264 observadas nas inspeções nestes serviços. As inadequações foram divididos em seis categorias: a) armazenagem de medicamentos e insumos (29,6%), b) programa de gerenciamento de resíduos (21,4%), c) sistema de distribuição e tratamento de água para hemodiálise (17,5%), d) uso de produtos saneantes (17,5%), e) programa de controle e prevenção de infecção e eventos adversos (8,7%), f) controle de qualidade da água de hemodiálise (6,8%). Quanto ao risco sanitário das inadequações, 53% representam risco moderado, 37% risco elevado e 10% risco baixo. Na avaliação dos serviços de TRS, 88 % foram satisfatórios e o grau de risco foi moderado em 75% e baixo em 13% dos serviços. Apenas 10% tiveram avaliação insatisfatória e grau de risco elevado. Quanto às medidas adotadas, foram expedidos 86 termos de intimação, 82 autos de infração, 8 termos de ajuste de conduta e 4 interdições (2%). A partir dos dados obtidos, concluímos que a ausência de farmacêuticos nos serviços de TRS (2/87) pode ter contribuído para a ocorrência das inadequações; que a sua inclusão nas equipes poderá melhorar a qualidade da terapia oferecida aos pacientes; e que sua presença nas equipes de inspeção é essencial para a detecção e avaliação de irregularidades inerentes a sua área de competência.