Contornos do inefável: o gesto fotográfico e a comunicação do sensível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Queiroga, Bruna Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-14112022-173248/
Resumo: Esta pesquisa consiste em um estudo sobre as imagens fotográficas no contexto atual pela perspectiva da comunicação. Por que fotografamos tanto? Este é um questionamento que surge do fato da imagem fotográfica estar no centro das atividades sociais. A hipótese seria de que o hábito de fotografar é decorrente de um gesto fotográfico que se configura de modo circular observamos, produzimos e tornamos a observar as imagens fotográficas, e que essa circularidade é composta por três bases que se justapõem: percepção, memória e comunicação. Metodologicamente, optamos por uma observação dinâmica do fazer fotográfico, a partir de caminhadas fotográficas, e os resultados dessa observação foram apresentados sob a forma de um diário de campo, com um viés antropológico, visando apoiar a construção teórica para a pensar a fotografia junto à comunicação. Nosso fundamento teórico encontra-se, principalmente, nos conceitos de percepção e memória, em Henri Bergson e Aby Warburg, e teorias que entendem a comunicação como efeito e expressão de um campo do sensível, tal como propõem Yves Winkin e Ciro Marcondes Filho. Dentro desse espectro, as teorias da fotografia mobilizam conceitos também balizados pela memória, percepção e comunicação, tais como a aura comentada por Walter Benjamin, e o punctum, visto pelo prisma do satori, proposto por Roland Barthes. Todas essas teorias reverberam aproximações com conceitos orientais, e demonstraram possuir como ponto em comum o vazio um estado de plenitude.