Correlação entre achados clínicos e histopatológicos com aqueles da imunofluorescência direta no diagnóstico de lúpus eritematoso discoide canino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Odaguiri, Juliana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DLE
LED
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-19082014-110928/
Resumo: O lúpus eritematoso discoide (LED) é a variante mais comum do Complexo Lúpus Eritematoso, sendo considerado uma das dermatopatias imunemediadas mais evidenciadas em cães, ficando muito próximo à casuística do pênfigo foliáceo. É afecção, relativamente, benigna sem envolvimento sistêmico e, clinicamente, caracterizada por leucodermia e/ou eritema associado à perda do aspecto em \"calçamento de pedras\" do plano nasal e, imunologicamente, pela deposição de autoanticorpos (IgA, C3, IgM e IgG) na zona da membrana basal (ZMB). O presente estudo visa correlacionar os achados clínicos e histopatológicos com aqueles da imunofluorescência direta (IFD), objetivando aumentar a acurácia do diagnóstico do LED. Foram incluídos 11 cães (Grupo I) com o quadro lesional tegumentar característico do LED e, cinco caninos (Grupo II), dermatologicamente hígidos, para o controle negativo da IFD. Fragmentos cutâneos oriundos do plano nasal foram submetidos ao exame histopatológico e à reação da IFD e, os resultados obtidos em ambos os Grupos, I e II, foram analisados estatisticamente pelo Índice kappa (k) visando a determinação do grau de concordância ou confiabilidade entre os dois métodos diagnósticos. No Grupo I, o diagnóstico de LED foi firmado em 100% (11/11) dos animais, pela reação de IFD, enquanto que o exame histopatológico estabeleceu o diagnóstico em 81,8% (9/11) dos casos. A positividade da IFD para o LED canino foi estabelecida, em sua totalidade, a partir da fluorescência esverdeada evidenciada na ZMB e/ou em seus anexos cutâneos e, os imunoreagentes mais frequentemente encontrados foram a IgM e C3. Já, em relação ao Grupo II, na totalidade dos animais não se evidenciou histopatologicamente qualquer alteração tegumentar.Também, pela IFD os resultados mostraram-se negativos. O substancial grau de concordância entre a IFD e a histopatologia (k= 0,738 e p= 0,002) comprova que a reação de imunofluorescência direta é exequível e útil no estabelecimento do diagnóstico do LED canino.