Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos, Tassia Cristina Bello de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/26244
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Resumo: |
A leishmaniose visceral é uma doença zoonótica grave transmitida por flebotomíneos infectados, sendo o cão o seu principal reservatório na América do Sul. Nesse contexto, cães naturalmente infectados por Leishmania infantum, oriundos de área endêmica brasileira, foram avaliados de acordo com o seu perfil clínico e histopatológico. A fim de determinar possíveis marcadores de susceptibilidade ou resistência à doença, a carga parasitária, por imunohistoquímica, ou de DNA do parasita e o perfil de expressão de citocinas e iNOS, ambos pela Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real, foram investigados em linfonodo, baço e fígado. Nos linfonodos, IFN-ɣ e IL-6 foram associadas à desorganização da região cortico-medular, enquanto que IFN-ɣ e TNF-α à ausência de hiperplasia folicular. A via regulatória foi notória com a detecção de IL-10 e sua associação à doença severa. Plasmocitose e histiocitose sinusal foram associadas a cargas elevadas de DNA parasitário. Nos baços foi observada desorganização de polpa branca em todas as amostras analisadas, incluindo aquelas pertencentes a animais com resultados parasitológicos negativos ou não detectáveis nesse tecido, porém sorologicamente positivos e com expressão de IFN-ɣ esplênico, sugerindo decorrer de tempo no processo inflamatório em prol da redução da carga parasitária. No entanto, tal resposta tende a ser subotimizada devido à perda da arquitetura esplênica. Nos fígados foi evidenciado o predomínio de infiltrado inflamatório inespecífico mononuclear leve composto por linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Tal órgão foi o principal produtor de citocinas, em relação ao baço, com maiores níveis de IFN-ɣ e IL-10, mas não havendo diferença significativa entre as cargas parasitárias esplênica e hepática. A baixa ou não detecção de iNOS nos três tecidos analisados indica a não ativação de macrófagos pela via clássica, o que favorece a persistência do parasita. Não houve diferenças significativas entre a carga de parasitas ou de DNA parasitário e os grupos clínicos para os órgãos avaliados, sendo notórios animais com cargas elevadas apesar de clínica branda ou ausente. Assim, a apresentação clínica canina não é critério para a avaliação do processo infecioso, o que salienta a importância de animais assintomáticos como reservatório. Além disso, IL-6 foi sugerida como um marcador de doença ativa em linfonodo e baço de cães naturalmente infectados por L. infantum. |