Determinação da atividade antirradicalar e da constituição química de infusões de chás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Tamayose, Cinthia Indy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Tea
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46136/tde-21012015-085803/
Resumo: O chá obtido por infusão de Camellia sinensis (L.) O. Kuntze (Theaceae) contém polifenóis, principalmente catequinas e flavonóis que apresentam atividade antioxidante, atuando como sequestradores de íons metálicos ou pelo sequestro de espécies reativas de oxigênio ou de nitrogênio. A erva-mate utilizada para o preparo da bebida chimarrão é feita a partir das folhas da arvore Ilex paraguariensis (Aquifoliaceae). A bebida da erva-mate é reconhecida como uma rica fonte de substâncias antioxidante, como os ácidos fenólicos que são responsáveis pelo efeito antioxidante in vitro e in vivo da bebida. Neste trabalho foi determinada a atividade antirradicalar de infusões obtidas de diferentes chás comerciais, o chá verde orgânico (CVorg) e um composto comercial de erva mate com chá verde (M+V). Os principais constituintes químicos dos chás foram identificados por Cromatografia de Alta Eficiência (CLAE) e alguns dos constituintes foram quantificados. Dessa forma foi possível identificar em ambos os chás ao todo cinco flavonoides glicosilados, cinco ácidos clorogênicos, cinco catequinas e um alcaloide. As infusões e algumas das substâncias identificadas foram avaliadas em relação à atividade antirradicalar utilizando diferentes métodos, um colorimétrico com os radicais 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH·) e ácido 2,2\'-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico) (ABTS·+) e um método baseado na quimiluminescência do luminol. A infusão do CVorg mostra capacidade antirradicalar elevada quando o método com o radical ABTS·+ é utilizado, com valores similares aos obtidos com o padrão trolox®. Quando dois derivados catequinas foram submetidas ao mesmo ensaio com os dois radicais, observou-se que estes apresentaram uma capacidade antirradicalar maior frente ao radical ABTS·+, sugerindo que a elevada atividade antirradicalar da infusão CVorg pode ser atribuída à presença das catequinas analisadas. No método quimiluminescente a infusão do M+V apresentou uma capacidade antirradicalar mais alta que a infusão do CVorg. O ácido 5-cafeoilquinico, um derivado do ácido clorogênico, testado no mesmo ensaio, apresentou um potencial antirradicalar maior que as catequinas. Este resultado pode sugerir que a maior capacidade antirradicalar da infusão M+V comparado com a de CVorg, quando determinada com o ensaio luminol, pode ser atribuída à presença dos derivados do ácido clorogênico, tendo em vista que esta classe de compostos não foi identificada na infusão CVorg.