Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Fabiana Cristina Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-04102021-160351/
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Resumo: |
Introdução: A Helicobacter pylori possui características microbiológicas que permitem sua sobrevivência em condições extremamente adversas, e seu principal reservatório é o estômago. Esta bactéria é considerada a causa de infecção crônica mais frequente em humanos e responsável pela colonização gástrica em mais de 50% da população mundial. Entretanto, há ampla variação na taxa de prevalência da bactéria nas diferentes faixas etárias nas regiões brasileiras, que pode estar relacionada a diversas variáveis, especialmente as socioeconômicas e de condições de vida. Objetivo: Avaliar, por método não invasivo, a prevalência de infecção por H. pylori e suas variáveis determinantes em duas cidades brasileiras. Materiais e Métodos: Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos, antropométricos e sintomas digestivos. Para tanto foi aplicado formulário padronizado, realizada avaliação antropométrica e o teste respiratório de ureia marcada com Carbono 13. A coleta de dados foi realizada no Centro de Recuperação e Educação Nutricional em Maceió- AL, e no Centro Médico Social Comunitário Dr. Pedreira de Freitas em Cássia dos Coqueiros-SP. Resultados: A população estudada foi composta por 210 participantes em Cássia dos Coqueiros-SP e 442 participantes em Maceió-AL. Em Cássia dos Coqueiros -SP, a idade variou de 9 a 87 anos com média de 47,4±14,1 anos, os participantes sendo predominantemente adultos (67,2%) e idosos (24,8%). Em Maceió-AL, foi observada a faixa etária de 5 a 80 anos com média de 34,8±12,7 anos. Com relação às condições de vida, as populações apresentam características bem distintas com representatividade estatística. Em Cássia dos Coqueiros-SP, os participantes possuíam domicílio com maior número de cômodos e com menos membros familiares por domicílio, ao comparar com dados de Maceió-AL, havendo diferença significativa (p<0,01). Em Maceió-AL, a maioria das famílias consumem água sem tratamento, sendo também observada diferença significativa (p<0,01). Quanto ao estado nutricional, em virtude do tamanho da amostra, não foi possível aplicar teste estatístico na faixa etária de crianças e adolescentes. Na faixa etária de adultos e idosos não foi observada diferença significativa entre as populações. A prevalência da infecção por H. pylori foi 50,5% (106) em Cássia dos Coqueiros-SP e 57,5% (254) em Maceió-AL com diferença significante (p=0.05). Enquanto em Maceió-AL, os participantes possuíam em média 5,2±4,3 anos de estudo, em Cássia dos Coqueiros-SP 8,9±4,9 (p<0.01). No entanto, não houve diferença significativa com relação aos anos de estudo (p=0.52) ao se considerar o diagnóstico de infecção de H. pylori. Observa-se ainda que, quem mora em Maceió-AL, tem 1,47 mais chance adquirir a infecção por H. pylori, com IC95% [1.03-2.09] p=0.029, após o ajuste para idade, sexo e escolaridade em anos, ao comparar com quem mora em Cássia dos Coqueiros-SP. A aglomeração familiar não foi um fator de risco para adquirir a infecção por H. pylori, e houve associação significativa da água sem tratamento à infecção por H. pylori. Conclusão: A população estudada em Cássia dos Coqueiros-AL apresenta melhores condições socioeconômicas em comparação com a população estudada em Maceió-AL. A prevalência de infecção por H. pylori foi mais elevada em Maceió-AL ao se comparar com Cássia dos Coqueiros-SP. |