Inclusão de diferentes fontes de cobre e zinco na dieta de suínos de crescimento e terminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mendonça, Maitê Vidal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-14122021-162855/
Resumo: A inclusão dos minerais cobre (Cu) e zinco (Zn) advindos das fontes tradicionais como sulfato de cobre (CuSO4) e óxido de zinco (ZnO), na dieta de suínos em crescimento e terminação, tem melhorado o desempenho e a qualidade da carne. A utilização de novas moléculas, conhecidas como hidroxicloreto de cobre (CHC) e hidroxicloreto de zinco (ZHC) pode ser tão ou mais eficaz que as tradicionais fontes inorgânicas (CuSO4e ZnO) por reduzirem o estresse oxidativo nos animais in vivo e na carne. Este estudo objetivou avaliar o efeito da cossuplementação de CHC e ZHC no desempenho, frequência de escore fecal normal, qualidade da carne e da carcaça e atividade antioxidante em comparação às fontes inorgânicas tradicionais (CuSO4 e ZnO) na dieta de suínos em crescimento e terminação. Foram utilizados 256 suínos de 70 a 154 dias (d) de idade com 27,70 ± 0,33 kg, distribuídos em 4 tratamentos, com oito leitões por baia e oito repetições por tratamento. As dietas foram fornecidas aos suínos em crescimento dos 70 a 112 dias e na terminação dos 112-154 dias de idade. O Cu em baixo nível foi incluído em 100 mg/kg e 90 mg/kg, no crescimento e terminação, respectivamente, e 150 mg/kg em ambos os períodos como nível alto. O zinco foi cossuplementado na dieta em 80 mg/kg e 70 mg/kg, respectivamente, no período de crescimento e terminação. Os animais dos tratamentos T1 e T2 receberam a fonte inorgânica tradicional de ambos os minerais (CuSO4 e ZnO) e os animais dos tratamentos T3 e T4 a fonte hidroxicloreto (CHC e ZHC). A flavomicina foi associada aos tratamentos com baixos níveis de Cu na inclusão de 50g/ton. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com medidas repetidas no tempo. Os animais foram blocados pelo peso e os dados foram submetidos à análise de variância (PROC MIXED) utilizando o SAS. O efeito de tratamento foi analisado pelo teste PDIFF e o nível de significância considerado foi P < 0.05, e P ≤0.10 foi considerado como tendência. Os suínos alimentados com a fonte hidroxicloreto apresentaram maior peso vivo aos 154 d, ganho de peso médio diário dos 70 aos 154 d, peso de carcaça quente e fria e maior frequência de dias com fezes normais em comparação aos animais alimentados com alto nível de CuSO4. Os animais que receberam alto nível de CHC apresentaram maior comprimento de carcaça em relação aos demais tratamentos. Não houve diferença entre os tratamentos para a qualidade da carne. Os suínos alimentados com alto nível de CuSO4 apresentaram maior atividade da superóxido dismutase do que os outros tratamentos. Animais alimentados com baixo nível de CHC apresentaram maior formação de malondialdeído em comparação aos demais tratamentos. Em conclusão, a cossuplementação de hidroxicloreto de cobre e de zinco na dieta de suínos de crescimento e terminação melhora o desempenho, as características de carcaça e aumenta a frequência de escore fecal normal.