Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Peralta, Aline Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-21102014-101814/
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Resumo: |
Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Um dos principais contribuintes para as doenças cardiovasculares é a obesidade, que se apresenta em ascensão no Brasil. A densidade energética da dieta (DED) poderia ser um possível instrumento auxiliar na prevenção do ganho de peso e na avaliação da qualidade geral da dieta, com critérios de cálculo independentes dos hábitos alimentares e procedimento de cálculo mais simples que indicadores de qualidade da dieta. Objetivo: analisar a associação da DED com o risco cardiovascular e averiguar a relação entre DED e índice de qualidade da dieta, em adultos e idosos do município de São Paulo. Métodos: Utilizaram-se dados de participantes do estudo transversal de base populacional denominado Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-Capital - 2008/2009): 357 indivíduos (30 a 74 anos), na análise entre DED e risco cardiovascular, e 941 indivíduos (20 anos ou mais), entre DED e indicador de qualidade da dieta. O recordatório de 24h replicado foi utilizado para aferir o consumo alimentar. A ingestão habitual de alimentos e nutrientes e DED foi estimada pelo Multiple Source Method. A DED foi determinada pelo método foods only, o qual exclui todos alimentos ingeridos na forma de bebidas; a qualidade da dieta, pelo índice de qualidade da dieta revisado (IQD-R), adaptado para a população brasileira, e o risco cardiovascular, a partir de equações preditivas do escore de risco cardiovascular de Framingham. A relação entre a DED e o IQD-R e componentes foi verificada por modelos lineares generalizados, utilizando o modelo gaussiano e a relação entre DED e risco cardiovascular, por modelo de regressão gama, ambos com função de ligação logarítmica. As análises foram realizadas utilizando o módulo survey do Stata, versão 11. Resultados: O valor médio observado da DED, em todas as idades, supera o valor máximo recomendado, pelo World Cancer Research Fund de 1,25kcal/g. A DED apresentou relação significante com o escore de risco em adultos de 45 a 59 anos e em idosos, de 60 a 74 anos, independentemente dos valores de trigliceróis séricos, da energia proveniente de bebidas, categoria de renda familiar per capita e intervalo de tempo entre R24h. Em todas as faixas de idade a ingestão média de fibras, reduziu conforme o aumento de DED, enquanto que as quantidades ingeridas de gorduras totais e trans elevaram-se. A pontuação do IQD-R, bem como da maioria dos seus componentes, foi 7 significativamente menor no maior tercil de DED em relação ao primeiro. Conclusão: A DED apresentou relação positiva significativa com o escore de risco em indivíduos de 45 a 74 anos e com os nutrientes relacionados ao aumento do risco cardiovascular. A relação significativa com o IQD-R, e a maioria dos seus componentes, viabiliza a utilização da DED como um instrumento auxiliar na avaliação da qualidade da dieta. É evidente a necessidade de ações para melhoria da qualidade da alimentação da população estudada, com a finalidade de reduzir a DED apresentada, podendo auxiliar na redução da prevalência da obesidade e mortes por doenças cardiovasculares. |