Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Willian |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-02032021-184510/
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Resumo: |
Esta tese analisa os projetos literários de Hervé Guibert e Christine Angot, dentro do sistema literário francês contemporâneo, no qual são classificados como autoficcionais, a ver: uma mescla indissociável de realidade e ficção, (auto)biografia e referências ao real. Parte-se, aqui, da análise das estratégias de persuasão do leitor, dentro do romance, no que depreende uma poética do eu calcada na indefinição ficcional de seu estatuto, para chegar à performance autoral dentro e fora do livro. A pesquisa se centra ainda na análise de Ricardo Lísias, autor brasileiro que importa um modelo de produção de escrita autoficcional, e suas estratégias de publicitação. Da análise dessa poética em sua especificidade (a homonímia, as referências ao real, a metaficção, o autocomentário) chega-se a uma defesa ontológica da especificidade da autoficção, a ver, a defesa de um discurso sobre o não-limite em literatura, realizada de forma espetacular dentro e fora do romance. Por fim, a análise aponta para as mudanças no jogo literário que implicam tais posições, ou seja, para as implicações reais, no mundo real do leitor, que a autoficção enseja. A autoficção age assim de forma política no mundo, uma política da literatura que altera a partilha do sensível e altera e o campo de forças do sistema literário. |