Reflexões sobre autoficção: uma leitura de Divórcio, de Ricardo Lísias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Janaína Buchweitz e
Orientador(a): Martins, Aulus Mandagará
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3469
Resumo: Esta dissertação investiga aspectos da escrita de si na contemporaneidade, mais especificamente no discurso autoficcional. Buscando melhor compreender o fenômeno da autoficção, uma das modalidades da escrita de si, traçamos um levantamento sobre o nascimento do termo e seu posterior desenvolvimento, que é ampliado e modificado por diferentes teóricos que fazem da escrita autoficcional sua prática e seu objeto de estudo. Percebemos que a prática da escrita da autoficção é cerceada por polêmicas e posições teóricas algumas vezes contraditórias, daí a necessidade sobre um aprofundamento do tema. No Brasil, a autoficção vem em crescente expansão nos meios literários, e atualmente muitos escritores vem criando romances baseados em elementos autobiográficos, o que fomenta a reflexão sobre as possibilidades de representação do real no ficcional. Dentre diversos autores, escolhemos analisar a produção literária do escritor paulistano Ricardo Lísias, por considerá-lo como um expoente da literatura de cunho autoficcional no cenário nacional, devido à sequência de publicações em que o autor faz uso de elementos autobiográficos em um contexto de ficção. No entanto, para fins de melhor delimitação do corpus, optamos por focar o debate sobre a autoficção no romance Divórcio, por considerá-lo rico em possibilidades de análise no que tange ao uso de elementos autoficcionais na literatura brasileira contemporânea. Em Divórcio, Ricardo Lísias propõe um relato híbrido, em que mescla elementos autobiográficos e ficcionais, apresentando ainda um sujeito desestabilizado pelo trauma e que busca se reconstruir e se reestabelecer concomitantemente à prática da escrita, fazendo ainda uso do seu nome próprio como um importante recurso autoficcional.