Utopias em rearranjo : Grupo de Brasília : arte, experimentações, efabulações, memórias e outros pulsares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vianna, Marina Freire da Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-18022022-220937/
Resumo: Este trabalho propõe­-se a repensar os anos iniciais de Brasília, para além do espectro da utopia de sua dimensão projetiva, urbanística e arquitetônica e do voluntarismo estatal. Para tanto, elencamos especialmente a perspectiva da experiência urbana, das práticas artísticas e dos projetos inventivos de educação, latentes em um breve período de tempo, através da experiência de um grupo específico de artistas. Em um primeiro momento, os rastros de memórias, conceitos e obras do Grupo de Brasília, como foram reconhecidos no Rio de Janeiro os artistas Luiz Alphonsus (1948), Alfredo Fontes (1944-­1991), Cildo Meireles (1948) e Guilherme Vaz (1948­-2018), nos permitiram mapear certos instantâneos de experiências efervescentes, articulando dois momentos e espaços de nossa história recente, a Brasília dos anos 1960 e o Rio Janeiro dos anos 1970. Ao longo desse percurso, encontramos imagens poéticas de outros universos simbólicos, tais como o sertão, o subúrbio e a floresta, convidando-­nos a um rearranjo de peças. Entendemos que os quatro artistas, por diferentes modos e intensidades, nos dão indícios de outros testemunhos, de diferentes olhares para o urbano, para a arte e para o Brasil, e ainda, de diferentes formas de utopia, especialmente a partir de poéticas de partilhas e alteridades. Narrar nossas experiências utópicas, a partir de uma perspectiva contemporânea, nos fez colocá­-las em rearranjo, nos valendo de versões obliteradas, coexistências, narrativas múltiplas, ancestralidades, relações transversais e situações descentralizadas. Todas elas, instâncias enunciadoras de que tais experiências estão em pulsação frequente, reconfigurando imaginários e, a todo momento, prestes a irromper-se.