Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Camila Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-15012015-154923/
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Resumo: |
O presente estudo estrutura-se em torno de questionamentos referentes à investigação da Representação Social de licenciandos ingressantes e concluintes em Química quanto a ser professor dessa disciplina, visando compreender como entendem e vislumbram sua futura profissão, verificando a influência da Licenciatura nas possíveis diferenças dessas representações e as motivações que levaram esses sujeitos a buscar esse curso em um contexto marcado pela progressiva desvalorização dos professores. O referencial teórico eleito foi o da Representação Social (MOSCOVICI, 1978) privilegiando as abordagens: estrutural, visando identificar o núcleo-central e os elementos periféricos da representação e a ênfase na descrição dos entornos sociais proposta pela abordagem Culturalista. Assim, a partir do termo indutor \"professor de Química\", foram propostas questões em que o público-alvo versou sobre como se vê como professor de Química, bem como os fatores que os guiaram a buscar a Licenciatura, sendo essa a fonte de informações do estudo, analisadas segundo a Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977). Algumas idéias destacaram-se nas repostas, sendo possível a construção de categorias e subcategorias baseadas em critérios semânticos. Com as representações relacionadas à docência criaram-se três categorias: a denominada características, na qual estão presentes idéias relacionadas aos aspectos requisitados para os processos de ensino e de aprendizagem; a categoria seguinte enfatiza o imaginário social na construção das representações e por fim, a categoria que retrata a visão de ensino desses sujeitos.Por sua vez, foram criadas quatro categorias relacionadas a motivação em cursar a Licenciatura.Evidenciou-se pela análise do questionário que 47% dos estudantes que estão nesse curso não desejam atuar como professores no futuro. Foi possível inferir que entre esses estudantes a principal motivação pelo ingresso na Licenciatura foi o fato de que cursá-la era um pré-requisito para o Bacharelado. Já entre os sujeitos que aspiram à atividade docente (embora seja essa apenas uma segunda opção profissional) estes foram guiados ao curso a partir de motivações pessoais, as quais estão relacionados ao desenvolvimento do próprio estudante. Em relação as representações sobre o ser professor, no que concerne à influência do imaginário social, percebeu-se ser essa influência menos dependente da escolarização durante a graduação e mais ligada à relação que esses sujeitos estão a estabelecer com a possibilidade de atuação profissional. Porém, no que diz respeito à visão de ensino, a análise da questão discursiva evidenciou uma maior influência da escolarização. Já em relação às subcategorias atitudes e práticas pedagógicas suas presenças entre os ingressantes e sua permanência entre os concluintes vem reforçar que o processo de tornar-se professor antecede o ingresso na Licenciatura. Nossos resultados sinalizaram, ainda, que o desejo de se tornar professor, entre os ingressantes, é acompanhado pela percepção de que a afetividade pode contribuir para a concretização de uma aprendizagem eficaz, sendo essa percepção suprimida entre os concluintes. Pretendeu-se, assim, oferecer uma contribuição para o debate a respeito da importância do conhecimento das Representações Sociais dos futuros professores sobre sua futura profissão, pois essas poderão se refletir em suas futuras práticas, uma vez que as representações servem para agir sobre o mundo e o outro (JODELET, 2001, p. 28). |