Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pexe, Marcelo Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-21092018-123955/
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Resumo: |
Introdução - A vida do ser humano é repleta de necessidades consideradas básicas para um desenvolvimento saudável, dentre as quais estão alimentação, cuidados com a higiene pessoal e com o corpo de uma forma geral. Para esses cuidados, há um leque cada vez maior de produtos, entre os quais estão incluídos os cosméticos que trazem em sua composição química oformaldeído, que tem sido utilizado extensivamente como alisante capilar nas denominadasescovas progressivas. Objetivo - O fato dos cabeleireiros estarem expostos a substâncias químicas, dentre eles o formaldeído, por meio do manuseio de cremes e produtos de alisamento capilar, motivou a realização desse estudo com o objetivo de quantificar a exposição ocupacional de cabeleireiros ao formaldeído comparando os resultados da exposição entre diferentes tipos de salão de beleza frente à legislação vigente brasileira (NR15) e americana (US OSHA e US NIOSH). Métodos - A população estudada foi constituída por 23 salões de beleza localizados no município de Bauru, São Paulo, representativos de áreas com diferentes vulnerabilidades sociais medidas pelo IPVS (Índice Paulista de Vulnerabilidade Social). Foram aplicados dois questionários para coleta de informações pessoais, queixas de saúde e processos de trabalho adotados pelos profissionais. Resultados - Dos 23 salões, cuja exposição dos profissionais ao formaldeído foi avaliada pelo método da National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), 30% ultrapassaram o limite de concentração de formaldeído estabelecido pela NR 15 (1,6 ppm); já pelo método desenvolvido pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), esse limite de tolerância foi ultrapassado em 39% dos salões. Considerando o limite de exposição ao formaldeído previsto pela Occupational Safety Health Administration (OSHA), que é de 2,0 ppm, 17% dos salões obtiveram concentrações de formaldeído acima do permitido (método NIOSH) e, pelo método IPT, 30% obtiveram valores maiores que o previsto pela legislação nas amostras analisadas. Os produtos alisantes ultrapassaram de forma significativa o limite de concentração de formaldeído permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em suas formulações, o qual é de 0,2%. Quatro formulações apresentaram de 10% a 11% de formaldeído em sua composição. Conclusões - Os resultados deste estudo mostraram que os cabeleireiros estão cronicamente expostos a altas concentrações de formaldeído em ambiente laboral, sendo que estas exposições estão associadas principalmente à ventilação do ambiente, medida por meio da abertura de portas e janelas do salão. O processo de trabalho também pode impactar na intensidade da exposição. |