Memorial de Nair: hipóteses sobre a gênese da simbolização à luz de um suposto caso de psicose ou autismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Calderoni, David
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-30042019-094539/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo verificar a procedência de uma hipótese sobre a origem da simbolização à luz dos dados do caso clínico de Nair, considerada como psicótica e autista em situações escolares e clínicas anteriores ao tratamento que embasou a tese. Segundo esta hipótese, o sujeito constitui o objeto antes de se auto-constituir como eu. A primeira parte do trabalho resume o caso clínico-institucional de Hermes, abordado anteriormente no mestrado, a partir de cuja reflexão surgiu a hipótese que se busca verificar à luz do caso clínico de Nair. Após contrastar detalhadamente a teoria lacaniana do simbólico e a ciência aristotélica do universal com a teoria espinosana da essência singular, o estudo volta-se à apresentação de um apanhado das sessões constitutivas do caso clínico de Nair. Na seqüência, o trabalho procede a reflexão teórica e metapsicológica sobre a condição psíquica singular revelada pela paciente, no contexto da psicanálise freudiana. É também considerado o psiquismo do analista, tal como se revelou na interação com a paciente. Finalmente, no último capítulo, procura-se refletir sobre o significado e a função metapsicológica dos instrumentos teóricos e técnicos acionados ao longo do tratamento de Nair. Tais instrumentos constituíram-se a partir de dois conceitos colhidos junto a filosofia de Merleau-Ponty. Concernentes a uma fundamentação corporal da intersubjetividade, as noções de co-percepção e reflexão em ordem, apropriados técnica eteoricamente ao contexto da prática psicanalítica do autor, tomam parte, no último capítulo, de Lima reflexão sobre a física da luz pressuposta na holografia. ) A conclusão da tese é a de que a hipótese de que o sujeito constitui o objeto antes de se auto-constituir como eu pode ser plenamente confirmada à luz do caso clínico e, além disso, ampliada em sua significação gnoseológica e ontológica, no campo teórico formado pela confluência entre a física da luz (ou óptica) e a psicologia profunda (ou metapsicologia). O campo teórico e prático assim configurado, o autor chamou de Psicologramática, vindo a propô-lo como um novo campo científico