Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Barbosa Neto, Cristovão Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-26082024-153510/
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Resumo: |
CONTEXTO. O papel das três técnicas de prostatectomia radical no tratamento cirúrgico de pacientes com câncer de próstata (CaP) permanece controverso, principalmente pela falta de estudos comparando as três técnicas em instituições de qualidade equivalente e com cirurgiões com experiência em cada uma das técnicas. MÉTODOS. Este estudo prospectivo envolveu 450 pacientes divididos em três grupos: 150 à Prostatectomia Radical Robô-Assistida (PRRA), 150 à Prostatectomia Radical Laparoscópica (VLP) e 150 submetidos à Prostatectomia Radical Retropúbica (PRR). Os pacientes nos grupos PRR e PRRA foram randomizados, enquanto os do grupo VLP foram coletados prospectivamente, mas não foram incluídos na randomização devido a um atraso na criação do braço laparoscópico. Foram comparados os resultados perioperatórios, oncológicos e funcionais entre VLP e as outras duas técnicas. Os procedimentos cirúrgicos foram realizados por urologistas no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). A coleta de dados para pacientes submetidos à PRR e PRRA ocorreu entre 2014 e 2023. O braço laparoscópico iniciouse em 2019, seguindo os mesmos critérios de inclusão e exclusão e mantendo rigor na avaliação oncológica e funcional. RESULTADOS. De 2014 a 2023, 480 pacientes foram submetidos à cirurgia (PRRA = 171; VLP = 153; PRR = 156). Os pacientes submetidos à PRRA, VLP e PRR tiveram média de sangramento diferentes (325 vs 276 ml vs 825; p <0.001). As médias dos escores EPIC urinários foram melhores para a PRRA e VLP ao longo de 36 meses, com maior taxa de continência aos 3 meses (81,8 vs 86,7 vs 74,2 ; p <0.001), 6 meses (87,5 vs 91,3 vs 81,5; p <0.001), 12 meses (89,4 vs 94,4 vs 84,9; p <0.001) e 18 meses (89,6 vs 94,2 vs 84,0; p <0.001). As médias do SHIM foram maiores na PRRA até 6 meses, enquanto a taxa de potência foi superior aos 3 meses (15,2% vs 6,1 vs 3,6%, p = 0.001) e 6 meses (18,0% vs 12,3 vs 6,7%, p 0.013). Os resultados oncológicos ao longo de 36 meses não foram significativamente diferentes entre os grupos. CONCLUSÕES. A potência sexual é superior na PRRA em relação às outras técnicas nos primeiros seis meses pósoperatório. No entanto, após 12 meses, tanto a VLP quanto a PRRA igualam-se e superam a PRR nesse aspecto. Quanto à continência urinária, tanto a PRRA quanto a VLP são equivalentes e superiores à PRR. Não foram observadas diferenças significativas entre as três técnicas em relação a complicações pós-operatórias, recorrência bioquímica e positividade de margem cirúrgica. Tanto a PRRA quanto a VLP demonstraram uma redução significativa no sangramento intraoperatório. Em termos de qualidade de vida, tanto a PRR quanto a PRRA demonstraram ser melhores do que a VLP |