Escória granulada de cobre no Brasil: discussão das características de produção e alternativas de aplicações como subproduto ambientalmente compatível.

• Ano de defesa: 2003
• Autor(a) principal: Andrade Junior, Fausto Soares de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Cobre; Copper; Environment; Industrial waste; Meio ambiente; Mineração; Mining; Resíduos industriais
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3134/tde-05082024-085500/

O cobre ocupa posição muito importante entre as matérias primas utilizadas pelo homem no atual estágio da civilização. Da produção mundial, cerca de 50% é utilizada pela indústria eletroeletrônica e de comunicações. Dos processos de produção do cobre primário, o concentrado representa 1 a 2% do minério bruto tratado. Das misturas de concentrados alimentadas às plantas de fusão, 70% transforma-se em resíduos finais, escória da metalurgia do cobre, com teor médio entre 0,8% a 1,2% de Cu. Neste trabalho é feita uma análise dos processos de produção do cobre primário, focando alvo na fundição da Caraíbas Metais, com o objetivo de um melhor entendimento do processo de geração de escórias finais e sua granulação, para em seguida verificar suas características e propriedades visando o seu aproveitamento e utilização como matéria prima, ou insumos, na fabricação de outros produtos. Foram consideradas possibilidades para emprego de escórias granuladas de cobre em alguns campos do setor produtivo e de serviços: utilização na fabricação de cimento, pelas propriedades pozolânicas; no concreto e nas argamassas, para a fabricação de pré-moldados e pisos industriais de alta resistência; como pavimentos para estradas (compondo base e sub base); na composição de misturas asfálticas; como material drenante; na estabilização e proteção de encostas contra a ação erosiva das águas; como abrasivo no jateamento e limpeza de superfícies, etc. Discute trabalhos anteriores de outros pesquisadores. Questiona porém e considera que não é conveniente na atualidade utilizar essas escórias finais sem retirar o cobre nelas contido, pela importância, da utilidade deste metal. Conclui que os produtores de cobre primário deveriam buscar a evolução dos seus processos para outros com melhor eco-eficiência industrial, promovendo a recuperação do cobre descartado, com o objetivo de gerar escórias com semelhantes propriedades e sem estes constituintes nobres. Esses novos resíduos seriam então aproveitados para os fins citados neste trabalho, em consonância com os princípios da ecologia industrial.