Estudo da atividade microbiana na biorremediação de metais tóxicos na região Amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Avanzi, Ingrid Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-21022017-153529/
Resumo: Nas últimas décadas o crescimento industrial decorrente do desenvolvimento tecnológico e outras atividades consideradas indispensáveis à vida humana, estão gerando graves problemas ambientais, que está despertando uma preocupação a nível mundial. Dentre os vários contaminantes os metais tóxicos têm recebido atenção especial, pela sua persistência ao ingressar nos ecossistemas acumulando-se por toda a cadeia alimentar, uma vez que são extremamente tóxicos, mesmo em quantidades muito baixas. No Brasil, a legislação ambiental vigente já estabelece normas bastante rigorosas no que diz respeito ao descarte de águas contaminadas por metais tóxicos. Para que o tratamento deste tipo de efluentes seja feito adequadamente, e para que possam ser impostos limites máximos cada vez mais compatíveis com a sustentabilidade da vida moderna, torna-se relevante a preocupação com novas tecnologias mais eficientes e econômicas que permitam a remoção de metais tóxicos do ambiente contaminado. Hoje o tratamento do ambiente contaminado é realizado empregandose tecnologias convencionais baseadas em princípios físico-químicos, as quais estão sendo consideradas ineficientes e economicamente inviáveis. Alternativamente, uma nova tecnologia, a biorremediação, vem ganhando cada vez mais importância, devido às vantagens que oferece: simplicidade, eficiência e baixo custo. Para isto é necessário ser avaliada a utilização de microorganismos resistentes e eficazes na remoção do metal, pois, nesta fase são necessários que sejam selecionados organismos com características favoráveis ao processo. Dentro deste contexto, a proposta desse projeto foi isolar e caracterizar micro-organismos de uma área de mineração, avaliando os mecanismos e estratégias para o seu uso na remediação de áreas contaminadas a fim de otimizar a sua capacidade de adsorver íons de metais tóxicos, com vistas à utilização destas bactérias para a biossorção de efluentes de mineração. Foram isoladas e identificadas 105 cepas resistentes a cobre, destas 12 cepas foram capazes de crescer à 7.5 mM de cobre. Experimentos de adsorção com metais tóxicos (Cu, Cd e Ni) mostraram que tais cepas são promissoras na ampliação de tecnologias para uma mineração menos impactante, como a exploração de fontes de metais em baixa concentração, transformando o resíduo em fonte de extração economicamente viável e ambientalmente favorável.