Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Raquel Cocenas da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-24102013-145412/
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Resumo: |
A consolidação da memória é um processo que ocorre ao longo do tempo, em que memórias recentes são cristalizadas em memória de longo prazo. As memórias recentes são vulneráveis e passíveis de esquecimento, principalmente na presença de fatores interferentes. Entretanto, a consolidação de eventos com conteúdo emocional sofre menos interferências do que o observado com eventos neutros. O objetivo deste estudo foi investigar experimentalmente os efeitos da emoção e de uma tarefa de interferência sobre a consolidação do tempo na memória de longo prazo. Uma série de três experimentos foi conduzida em um procedimento de generalização temporal, no qual os participantes aprenderam uma duração padrão e imediatamente, ou após 24 horas, julgaram a duração padrão baseada em durações de comparação. No primeiro experimento, os participantes aprenderam uma duração padrão sob o efeito de três condições emocionais: ameaçadora, não ameaçadora e condição neutra, controle. Os julgamentos temporais de longo prazo mostraram que as durações foram melhor recordadas em uma condição emocional do que neutra; isto ocorreu em maior extensão para a condição ameaçadora do que para a condição não ameaçadora. No segundo experimento, foi investigado o processo de consolidação da duração e seus efeitos sobre julgamentos temporais. Uma tarefa de interferência foi introduzida em diferentes atrasos depois da aprendizagem inicial da duração padrão. Os resultados mostraram que os julgamentos temporais de longo prazo foram menos precisos quando a tarefa de interferência foi introduzida 30-45 minutos após a aprendizagem. Esta imprecisão não foi observada quando a memória foi testada imediatamente após a tarefa de interferência sendo encontrado um gradiente temporal do efeito perturbador da interferência dentro da primeira hora após a aprendizagem. O terceiro experimento foi conduzido para examinar o efeito da emoção na memória de longo prazo para duração e sua resistência contra os efeitos da interferência. Os participantes aprenderam uma duração padrão sob duas condições: uma ameaçadora e uma neutra; imediatamente após a aprendizagem, foi introduzida uma tarefa de interferência. Então, 24 horas após, eles julgaram se as durações de comparação eram ou não similares à duração padrão previamente aprendida. Os julgamentos temporais de longo prazo foram mais acurados quando os participantes aprenderam a duração padrão em uma condição emocional. Os resultados desta tese levam a conclusão que as emoções que despertam arousal facilitam a retenção do tempo na memória de longo prazo e são também resistentes aos efeitos da interferência. Por outro lado, a interferência perturba a consolidação do tempo e a memória da duração passa por um processo de consolidação que dura pelo menos uma hora. |