Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lima, Fábio Francisco de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11153/tde-21012019-135242/
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Resumo: |
Devido as poucas opções de cultivo, o cotonicultor em Mato Grosso concentra seu modelo de produção em algodão, soja e milho, o que tem contribuido para que o estado seja o maior produtor nacional dessas três culturas. Nas últimas safras, a produção algodão migrou para segunda safra, dividindo espaço com o milho e colocando a soja como principal opção do cultivo de verão. Além disso, nas última cinco safras, as mudanças de tecnologias de sementes de algodão foram intensas, alterando ainda mais os sistemas produtivos. Em virtude das recentes mudanças, dúvidas ainda residem sobre a eficiência financeira-econômica e o risco assumido com o novo modelo produtivo. Partindo dessa lacuna na pesquisa, o estudo teve como objetivo descrever como as propriedades de algodão se configuraram entre as safras 2012/13 e 2015/16, para subsidiar a mensuração dos risco das cultivos de algodão, soja e milho e seus respectivos sistemas. Ao final, o estudo buscou construir um modelo que otimize a renda e risco da combinação dos cultivos (algodão safra, soja, algodão 2ª safra e milho 2ª safra), para auxiliar na gestão da propriedade rural. Para fins de estudar todos os sistemas produtivos, foram delimitadas duas regiões: Agregado Norte e Centro Leste. A primeira compreende a produção de soja no verão e algodão e milho na segunda safra, enquanto a segunda se restringe ao cultivo de algodão e soja no verão e milho sucedido pela oleaginosa. Para análise de risco dos cultivos e sistemas de produção, foi utilizado o método de Monte Carlo, por envolver simulação de elementos aleatórios. Para construção de uma fronteira de eficiência das possiveis combinações de culturas na propriedade analisando a relação retorno-risco, o algorismo genético foi base para o modelo de otimização via simulação. Os resultados apontam a produção de soja com o menor risco, enquanto sistemas com segunda safra são mais arriscados. No entanto, a introdução do algodão em sucessão a soja trouxe ganhos significativos de receita líquida para o sistema, enquanto o milho 2ª safra pouco aumentou a renda ou então reduziu em resposta a grande aumento do risco de produção. No geral, o Centro Leste mostrou-se menos arriscado para produção de algodão e grãos, principalmente no que tange a produtividade. Sob a teoria do portfólio, os dados do modelo mostram que a utilização de soja na totalidade de área de verão resulta em maiores ganhos de rentabilidade, enquanto que a maximização da renda ocorre com acréscimo de área do algodão na primeira safra, mas que que por outro lado expõe a fazenda a maior risco de produção. A introdução de área na segunda safra ajuda a atenuar os riscos da propriedade. Sendo assim, a diversificação de culturas na propriedade se mostrou o melhor caminho para gerir o risco, dado que a utilização do maior número de cultivos resultou nas melhores relação entre retorno e risco. |