Conflitos e(m) brincadeiras infantis: diferenças culturais e de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Morais, Maria de Lima Salum e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-14092012-111249/
Resumo: O principal objetivo do trabalho foi comparar brincadeiras, conflitos e provocações de meninos e meninas de quatro a cinco anos de idade, pertencentes a dois grupos culturais: um de uma grande metrópole (São Paulo) e outro de uma pequena comunidade praiana no litoral norte de Estado de São Paulo (Ubatuba). As crianças foram observadas em atividade livre no pátio escolar. Em relação ao brincar, os principais resultados encontrados foram: as crianças de São Paulo se envolveram mais em brincadeiras simbólicas do que as ubatubanas e essas, mais em jogos de regras e em brincadeiras de contingência social do que as paulistanas; os meninos participaram mais de brincadeiras de contingência física do que as meninas e elas se envolveram mais em atividades de contingência social do que seus colegas. Predominaram as provocações de caráter não verbal entre as crianças ubatubanas. Os episódios de zombaria tenderam a ter conseqüências interacionais positivas em ambos os grupos, apesar de terem gerado também algumas reações negativas. As crianças de ambos os grupos apresentaram número equivalente de episódios de conflito, embora sua duração tenha sido maior entre as meninas de São Paulo. A principal causa de conflitos nos dois grupos culturais foi a disputa por brinquedos e a maior parte dos desenlaces teve caráter afiliativo. As crianças ubatubanas apresentaram táticas mais simples e diretas e as paulistanas, estratégias mais diversificadas e verbais de enfrentamento das situações conflituosas. Na discussão dos resultados, destaca-se a importância da configuração dos grupos de brincadeira e de dimensões culturais mais amplas como estilos de criação e códigos de comunicação , evidenciando-se a relevância de estudos interculturais para o avanço na compreensão do comportamento infantil