Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Calindro, Ana Regina Vaz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-24112009-141924/
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Resumo: |
Esse trabalho baseia-se no estudo da colocação pronominal, pois este já é reconhecidamente um fator crucial na identificação de diferenças gramaticais entre PE e PB, verificadas desde o século XVIII.O objetivo deste trabalho é verificar se há alguma característica na linguagem dos jornais de imprensa negra que os diferencie dos da imprensa de circulação mais ampla e de outros documentos da época. E, assim, confirmar a diferença entre as variantes brasileira e europeia da língua portuguesa não é apenas superficial, mas gramatical, uma vez que enquanto o PE se tornou uma língua de colocação enclítica dos pronomes átonos, o PB tornou-se a mais proclítica das línguas românicas. Sendo assim, foram analisados dois jornais: O Patrocínio (1925- 1930), um periódico da imprensa negra da cidade de Piracicaba; e, a título de comparação, A Gazeta de Piracicaba (1882-1937), um exemplar da imprensa majoritária da época. Os jornais são constituídos de textos de diversos gêneros que trazem, portanto, dados que possuem características distintas e particulares em um mesmo periódico. Nesse contexto, o interesse pela imprensa negra surgiu da possibilidade de analisar textos escritos majoritariamente por negros e para negros. Devido a fatores sociais ligados à escolarização da população negra do período, havia a possibilidade do vernáculo da época encontrar-se mais exposto nesse material. Sendo assim, pretendia-se observar se a colocação brasileira se apresentava de forma mais saliente nesses textos que nos da imprensa majoritária. Porém, a história social mostrou que esses periódicos foram escritos por negros que haviam tido acesso, das mais diversas formas, aos padrões cultos da língua. Dessa maneira, a fim de se adequar aos padrões da sociedade da época, buscavam manter a variante culta da língua em sua escrita. De fato, na comparação dos dados da imprensa negra com os da imprensa majoritária foi possível perceber - no que se refere ao fenômeno estudado - uma grande semelhante entre ambos os jornais. Em particular, verificou-se que esses periódicos apresentam padrões de colocação próximos, ou seja, ambos mostram, ao lado da colocação lusitana, a colocação brasileira em percentuais que não se diferenciam significativamente. |