Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Geison Luca de Sena |
Orientador(a): |
Martins, Marco Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20273
|
Resumo: |
Neste trabalho, apresentaremos a descrição e a análise dos padrões de colocação de clíticos em sentenças infinitivas preposicionadas na diacronia do português brasileiro. O corpus em análise se constitui de cartas de leitores, cartas de redatores e anúncios de jornais brasileiros dos séculos XIX e XX de diferentes regiões/estados - Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Pernambuco - e pertencem ao corpus mínimo comum do Projeto para a História do Português Brasileiro (PHPB). A análise está fundamentada em pressupostos teórico-metodológicos da teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968[2006]; LABOV, 1972[2008]), da teoria de Princípios e Parâmetros (CHOMSKY, 1981; 1986) e do modelo de competição de gramáticas (KROCH, 1989; 2001). Os resultados mostram que o contexto das sentenças infinitivas preposicionadas apresenta, de um modo geral, uma forte variação clV/Vcl durante os séculos XIX e XX. Considerando o tipo de preposição, identificamos que, em todas as preposições, exceto nas sentenças com a e em, há uma queda significativa das taxas de próclise na segunda metade do século XIX. Na primeira metade do século XX, evidenciamos um leve aumento das taxas de próclise nas sentenças com verbos precedidos pelas preposições sem, de, para e a. Por fim, na segunda metade do século XX, apesar do aumento da ocorrência de próclise em sentenças com verbos precedidos pelas preposições por, a e de, as taxas de frequência de próclise nesses contextos não ultrapassam 50%. De um modo geral, os resultados referentes às orações completivas preposicionadas mostram um período de forte instabilidade ao longo dos séculos XIX e XX, ou melhor, uma forte variação entre anteposição e posposição do clítico ao verbo no infinitivo. Apesar de os resultados apontarem para uma diminuição das ocorrências de próclise no período que vai dos séculos XIX ao XX, vemos que a probabilidade de ocorrência de próclise em sentenças com verbos regidos pelas preposições de, para, por e sem é alta e significativa. |