Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Leonam dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3135/tde-08092004-084443/
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Resumo: |
Considerando tanto os aspectos nucleares quanto os navais, esta tese propõe-se a organizar e sistematizar uma Doutrina de Segurança Global aplicável a futuros Submarinos Nucleares de Ataque (SNA) nacionais. Esta doutrina tem a forma de um conjunto de princípios básicos, critérios gerais, requisitos específicos e procedimentos de verificação do projeto e de inspeção da construção e operação, que garantam um alto padrão de segurança a esta classe de navio de guerra. Com ela, pretende-se constituir uma base consistente e coerente sobre a qual a Autoridade de Segurança Nuclear, considerando os Objetivos de Segurança propostos, possa avaliar a aceitabilidade dos riscos associados ao Ciclo de Vida do SNA, tomando assim suas competentes decisões quanto ao licenciamento do submarino. Entendendo-se segurança como percepção social de riscos, são discutidos o detalhamento, as interpretações, as derivações e as aplicações tecnológicas deste conceito básico em três contextos específicos: a disciplina de Segurança de Funcionamento de Sistemas Industriais (Reliability-Availability-Maintanabilit-Safety), de aplicação geral; a Segurança de Instalações Nucleares Estacionárias", em especial de reatores de potência eletronucleares; a Segurança Naval, que engloba tanto a Segurança Marítima (segurança da navegação, salvaguarda da vida humana no mar), típica de condições normais de paz, como a Capacidade de Sobrevivência (Survivability), típica das condições de guerra ou conflito. É feita, então, uma primeira abordagem global à Segurança da Propulsão Nuclear, que sintetiza as aplicações do conceito básico nestes três contextos e ressalta sua fundamentação na otimização do conjugado disponibilidade x seguridade. Os Princípios Básicos de Segurança são, a partir desta abordagem global, adaptados às particularidades da propulsão nuclear de SNA. Como Princípios Básicos" entende-se os Objetivos Gerais de Segurança e uma série de diretrizes qualitativas que orientam como estes objetivos podem ser alcançados. A seguir são propostos Critérios Gerais de Segurança para o projeto da Instalação Propulsora Nuclear (IPN) e de suas interfaces com a plataforma-navio do SNA. Como Critérios Gerais" entende-se os Objetivos Detalhados de Segurança e uma série de diretrizes quantitativas que orientam o desenvolvimento do projeto integrado do conjunto de sistemas que compõem o SNA. São usados para garantir a adequação da segurança aos Princípios Básicos qualitativos. Os requisitos específicos de segurança aplicáveis ao projeto de estruturas, componentes e sistemas da IPN e da plataforma-navio do SNA derivados dos Critérios Gerais são então desenvolvidos. Estes Requisitos Específicos" são entendidos como regras quantitativas que determinam o projeto individual das partes integrantes do SNA. São usados para assegurar que os sistemas individuais do submarino, quando integrados, atendam aos Critérios Gerais. São finalmente propostas diretrizes para o estabelecimento de uma regulamentação do processo de licenciamento dos SNA pela Autoridade de Segurança Nuclear e dos procedimentos de verificação da segurança do projeto e de fiscalização da operação associados. São ainda discutidos o conteúdo e a organização do Relatório de Análise de Segurança (RAS), documento básico deste processo, concluindo-se assim a estrutura da Doutrina de Segurança proposta. |