Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Derceli, Juliana dos Reis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-30062014-170518/
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o efeito do ácido clorídrico, na forma líquida e gasosa na superfície do esmalte, além de avaliar diferentes tratamentos preventivos e avaliar in situ a influência da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) sobre o esmalte dental e avaliar a eficiência de tratamentos preventivos contra a erosão dental em ambiente bucal. A fase in situ do estudo foi totalmente dependente dos resultados da fase in vitro, ou seja, os tratamentos realizados in situ foram selecionados de acordo coma fase in vitro. Para a fase in vitro, foram obtidos 234 espécimes de esmalte (4X4 mm) a partir de incisivos bovinos, os mesmos foram isolados com resina composta, exceto pela metade da superfície de esmalte a qual foi exposta aos tratamentos preventivos e/ou desafios erosivos. Esta etapa do estudo foi fatorial 3 X 3, tendo como fatores de estudo: Tratamento superficial em 3 níveis: ausência de tratamento (C), laser de CO2 (CO) e laser Nd:YAG (Nd); e a associação à fluoretos em 3 níveis: sem associação (SA), associado ao flúor gel (AF) e associado ao verniz fluoretado (AVF). Os desafios erosivos foram realizados de duas formas, HCl líquido e HCl gasoso. Foram selecionados 180 espécimes tratados (n=10) e distribuídos aleatoriamente. O desafio erosivo com HCl líquido foi realizado sob pH=2, à 37 °C, 6 X ao dia, durante 20s e por 5 dias; o desafio com HCl gasoso foi realizado sob pH=2, à 37 °C, 8 X ao dia, durante 3 min e por 12 dias. A análise foi em função do perfil de desgaste, degrau, perda de volume e rugosidade de superfície. Para a análise das alterações químicas e morfológicas da superfície foram selecionados 54 espécimes divididos aleatoriamente de acordo os tratamentos preventivos propostos e de acordo com as seguintes análises (n=3): DRX e MEV-EDS. Os dados foram submetidos ao teste estatística de análise de variância (ANOVA) a dois critérios, os dados referentes ao DRX e EDS foi avaliado de forma descritiva, as imagens da MEV foram avaliadas qualitativamente. Resultados HCl líquido - observa-se que a associação VF aumentou o perfil de desgaste (médias e desvio padrão: 0,82±0,17) em relação ao C (0,66±0,14), na interação dos fatores C/AVF e Nd/AVF aumentou o perfil de desgaste (0,84±0,21; 0,86±0,12), C (0,70±0,10); a associação VF aumentou a rugosidade (0,26±0,06), C (0,22±0,07), entretanto na interação dos fatores os tratamentos CO e C/AF foram melhores (0,19±0,07; 0,18±0,03), C (0,21±0,07); para o degrau e perda de volume não houve diferença estatística. Resultados HCl gasoso - observou-se que o Nd (1,3±0,08) proporcionou menor perfil de desgaste e Nd/AF(1,8±0,51) maior desgaste, C (1,4±0,16); a associação F e VF proporcionou menor degrau (6,6±4,9; 8,9±3,8), rugosidade (0,35±0,07; 0,37±0,05) e perda de volume (6,0±3,3; 8,3±3,6), C (11,86±4,3; 0,41±0,04; 11,05±4,7; respectivamente). Na análise de EDS houve diminuição do conteúdo de flúor nos tratamentos C, C/AFC/AVF, CO/AVF, Nd/AF e Nd/AVF, proporção Ca/P não foi alterada; para o DRX não observou-se alteração no contudo de flúor. Não observou-se em MEV alteração morfológica. Conclui-se que o ácido clorídrico, na forma líquida e gasosa, causa erosão dental, com comportamentos distintos, para o HCl líquido o tratamento CO/AF produziu menor desgaste, para o HCl gasoso a associação ao F e VF diminuíram o desgaste, os tratamentos não levaram ao aumento do conteúdo de flúor na superfície. A fase in situ contou com a participação de 44 voluntários divididos nos seguintes grupos: Controle- saudável; Suspeita- com erosão dental e sintomas de DRGE; DRGE- diagnosticados com a doença. Foram obtidos 264 espécimes de esmalte bovino (2x2x2 mm), os quais foram impermeabilizados com resina composta, exceto pela metade da superfície de esmalte que foi submetida aos tratamentos preventivos e expostas ao meio bucal. O estudo foi fatorial de 3X2, sendo: Tratamento Superficial em 3 níveis: ausência de tratamento (C), laser de CO2 (CO) e laser Nd:YAG (Nd); e a associação à fluoretos em 2 níveis: sem associação (SA), associado ao flúor gel (AF), em 2 fases de 30 dias com intervalo de 7 dias entre cada fase. Os dados foram submetidos ao teste estatística de análise de variância (ANOVA) a dois critérios. Os resultados foram nulos (0) para o perfil, degrau, perda de volume rugosidade, o grupo CO quando exposto na cavidade bucal levou à formação de trincas na superfície. Conclui-se que o período de 30 dias em meio bucal de pacientes portadores de DRGE são insuficientes para causar erosão no esmalte, os estudos in vitro e in situ apresentam resultados divergentes entre si, sendo necessário mais estudos na área. |