Prevenção da erosão em esmalte dental irradiado com laser de CO2: estudo in situ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ramalho, Karen Müller
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23147/tde-21092011-165727/
Resumo: A incidência de lesões dentais não cariosas vem aumentando nos últimos anos, entre outros fatores devido a mudanças de hábitos alimentares da população, assim como ao aumento na freqüência de indivíduos que apresentam distúrbios gastro-esofágicos ou doenças como bulimia. Esse estudo teve como objetivo avaliar se o laser de CO2 associado ou não ao flúor poderia prevenir a erosão ácida causada por ácido cítrico em esmalte. 10 voluntários participaram desse estudo in situ e cruzado, onde 4 tratamentos foram testados: G1 controle, sem tratamento; G2 irradiação com laser de CO2 através dos parâmetros: 0.3J/cm2-5s-226Hz; G3 aplicação tópica de flúor (1.25% - 3 minutos); G4 aplicação tópica de flúor + laser de CO2). Durante cada tratamento os voluntários utilizaram durante o dia e noite, exceto durante as refeições e higiene bucal, dispositivo palatino removível contando amostras de esmalte bovino esterilizadas. A desmineralização das amostras foi realizada através da imersão do dispositivo palatino contendo as amostras em 80 ml de ácido cítrico (0.05M pH 2.3) durante 20 minutos 2 vezes ao dia (entre 6:00 e 9:00 horas a primeira imersão e entre 18:00 e 21:00 horas na segunda imersão). Durante toda a pesquisa a higiene bucal foi realizada pelos voluntários com pasta dentifrícia sem flúor e sem o dispositivo palatino in situ. Antes e durante os tratamentos o intervalo de 7 dias foi mantido. Duas amostras foram coletadas do dispositivo palatino de cada voluntário nos dias 1, 3 e 5 (n=20/dia/tratamento). A perda de estrutura foi medida utilizando-se um perfilômetro digital. Mensurações da quantidade de flúor através da técnica de biópsia e espectroscopia de fluorescência de Raios-X por energia dispersiva (EDX) e análises morfológicas foram realizadas nos grupos nos dias 1, 3 e 5. Nos testes realizados in vitro, os mesmos tratamentos foram realizados durante os mesmos tempos, no entanto, ao invés das amostras estarem presas ao dispositivo palatino na cavidade bucal dos voluntários, as mesmas foram armazenadas em água deionizada em temperatura ambiente (n=12/dia/tratamento). Os resultados mostraram que os grupos laser e flúor + laser apresentaram uma redução significante (p<0.05) na perda de estrutura de esmalte em todos os tempos tanto no modelo in situ quanto in vitro. O grupo flúor apresentou uma redução significativa apenas no modelo in vitro (p<0.05). A análise por EDX mostrou que o grupo flúor + laser apresentou um aumento significativo quantidade de flúor comparado aos outros grupos, assim como as mensurações de flúor através da técnica de biópsia revelaram que apenas no dia 1 os grupos flúor + laser e flúor apresentaram uma quantidade significativa de flúor (p<0.05). A irradiação com laser de CO2 com os parâmetros de baixa fluência (0.3J/cm2, 5s e 226Hz), associada ou não ao flúor, deixou a superfície de esmalte mais resistente a erosão do causada por ácido cítrico tanto in situ quanto in vitro.