Acidentes de trânsito com adultos e suas consequências após a alta hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Magalhães, Ana Paula Nogueira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-15072014-120720/
Resumo: Introdução: Os acidentes de trânsito representam um dos principais problemas de saúde da atualidade, atingindo principalmente os adultos em faixa produtiva de vida. Além das mortes, esses eventos podem resultar em incapacidades e outras implicações para as vítimas e seus familiares. Objetivo: O presente estudo propôs-se a avaliar os acidentes de trânsito com adultos e suas consequências após a alta hospitalar. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, do tipo coorte retrospectivo, realizado na cidade de Arapiraca, Alagoas, ano de 2011. Os dados foram obtidos por meio dos registros de atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito no serviço de atendimento pré-hospitalar, na unidade de emergência de referência para traumas e durante a realização de entrevistas domiciliares. Estatísticas descritivas e teste de regressão logística múltipla foram utilizados. Resultados: Dentre as vítimas estudadas (n=105), houve predomínio do sexo masculino (72,3%), na faixa etária de 20 a 29 anos (42,8%), de cor parda (63,8%), baixa escolaridade (61,9%), casado/união estável (59%) e que trabalhavam principalmente como vendedores (18,1%). Os motociclistas predominaram entre as vítimas (84,7%), sendo a queda de moto o tipo de acidente mais frequente (35,2%). Os acidentes de trânsito ocorreram principalmente nos domingos (29,5%), na faixa horária da noite (35,2%) e na zona urbana do município (66,6%). A fratura foi a lesão mais comum (37,1%), sendo os membros inferiores (32,3%) a região mais acometida pelos traumas. O atendimento realizado pelo serviço pré-hospitalar teve uma média de 38 (dp=14,6) minutos. Quanto à permanência hospitalar, houve média de 6,6 dias (dp= 11,4), quando os procedimentos mais realizados foram os curativos e as suturas (32,3%). Identificou-se, por meio do Índice de Barthel, que, no período entre seis e dezoito meses após o acidente, 33,3% dos indivíduos apresentaram dependência significativa ou total. Cor da pele, tipo de acidente, tempo resposta, tempo de transporte, procedimentos realizados durante o atendimento hospitalar, tempo de hospitalização e tipo de saída hospitalar foram os fatores associados à dependência funcional após o acidente. Quanto à situação de produtividade, verificou-se que 61% das vítimas retornaram ao trabalho após o trauma. Conclusões: Os resultados obtidos neste estudo permitem estabelecer um panorama das consequências dos acidentes de trânsito para a vida pessoal e profissional de suas vítimas e fornecem subsídios para melhoria da assistência e estratégias de prevenção.