Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Edilene Peres Real da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-07102024-192810/
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Resumo: |
A sífilis tem sido um problema mundial de Saúde Pública principalmente pela seqüela catastrófica da infecção transplacentária e, ainda, do diagnóstico baseado unicamente na evolução clínica ser frequentemente indefinível nas várias fases da doença adquirida. O diagnóstico laboratorial, portanto, desempenha relevante papel na confirmação do diagnóstico feito sob o aspecto clínico, bem como para o seguimento de tratamento. O objetivo do presente estudo de coorte prospectivo de homens que fazem sexo com homens (HSH) - Projeto Bela Vista foi analisar o perfil sorológico dos testes não treponêmico e treponêmico, respectivamente - VDRL e FT A-Abs, e, então, determinar a taxa de prevalência e incidência de sífilis neste grupo. Um total de 1047 voluntários inscritos no Projeto Bela Vista foi avaliado semestralmente (\"onda\"). A avaliação foi constituída de entrevista sociocomportamental, exame clínico direcionado para sinais e sintomas de doenças sexualmente transmissível (DSTs) e realização de testes sorológicos para sífilis, HIV -1 e Hepatite B. Para sífilis, as amostras de soro foram testadas por meio de VDRL e FT A-Abs em paralelo e a soroprevalência para sífilis foi determinada pela combinação de ambos os testes, baseada nos dados da \"onda\" zero. Dos 1047 voluntários, 100 (9,5%) foram soropositivos para VDRL e FTA-Abs; 72 (6,8%) apresentaram VDRL negativo e FTA-Abs positivo e 9{0,8%) foram soropositivos para VDRL e soronegativos para FTA-Abs. As amostras foram consideradas soropositivas para a sífilis quando a combinação dos testes foi: positivo para ambos os testes VDRL e FT A-Abs e as amostras com VDRL negativo e FT A-Abs positivo, que resultou na taxa de prevalência de 16,4%. A combinação de VDRL positivo e FT A-Abs negativo foi considerada como reação falso-positiva. Em quatro anos de acompanhamento, 25 voluntários apresentaram soro conversão para sífilis (2, 71 casos por 1 00 pessoas-ano). Em duas amostras, a reatividade no teste não treponêmico (VDRL) foi detectado antes da positividade dos anticorpos treponêmicos (FTA-Abs). Por outro lado, algumas amostras (em \"onda\" iniciais) entre aquelas de voluntários que soroconverteram apresentaram VDRL negativo, porém positivas no FT A-Abs. Os indivíduos apresentando esse perfil sorológico poderiam não ter sido identificados, considerando que o teste treponêmico (FTA-Abs) não é realizado em paralelo ou simultaneamente com o teste não treponêmico (VDRL) no diagnóstico da rotina laboratorial. Por conseguinte, a taxa de soroprevalência teria sido erroneamente determinada como 9,5%, ao passo que a taxa precisa deveria ser 16,4%, como estimada na presente investigação. Os dados obtidos neste estudo indicam a relevância do uso de testes não treponêmicos e treponêmicos em paralelo, a fim de executar diagnóstico laboratorial de rotina para sífilis com exatidão e precisão. |